'É assim que a democracia começa a morrer?', pergunta Vox

Ministros do Supremo se pronunciaram contra as operações policiais nas universidades, mas o que ecoa neste início de noite no exterior, por New York Times, Washington Post e outros, com agências, são o questionamento da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que assume protagonismo pela primeira vez na campanha, e o início dos protestos de rua.

Sites como o americano Vox começam a publicar enunciados em choque, como "É assim que a democracia começa a morrer?", sobre "a polícia está entrando nas salas de aula das universidades para interrogar professores".

No relato sobre as "batidas policiais" do serviço brasileiro da Deutsche Welle, o primeiro a destacar, "agentes do Estado fazem operações polêmicas em pelo menos 27 universidades do país em busca de suposto material de campanha, em ação denunciada como arbitrária por professores, estudantes e a OAB".

A PONTA DA PRAIA

Conrado Hübner, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, soou o alarme sobre os novos tempos na noite de quinta, com o tuíte acima, horas antes de começarem as operações.

PÂNICO

A revista alemã Der Spiegel enviou notificação de smartphone (reprodução acima) no meio da tarde desta sexta, "O medo antes da ditadura do possível presidente Bolsonaro".

No texto, que trata do discurso do candidato no último domingo, em "live" para a avenida Paulista, "o pânico se espalha entre seus opositores".

'BRASILEIROS, NÃO ABANDONEM SEUS VALORES'

O francês Le Monde dá capa de sua edição de fim semana para "Bolsonaro às portas do poder" (reprodução acima), com atenção para textos sobre "a falência da classe política" e o fato de ser "porta-voz de generais ultraconservadores".

Também o manifesto "Brasileiros, brasileiros, não abandonem os seus valores", assinada por intelectuais como Alain Touraine e artistas Isabelle Huppert.

HITLER EM BRASÍLIA

Desde quinta entre os textos mais lidos do israelense Haaretz, o artigo "Hitler em Brasília: Os evangélicos americanos e a teoria política nazista por trás do virtual presidente do Brasil" (reprodução acima) também parte do discurso de Bolsonaro no domingo para explorar as fontes de suas ideias ao longo do último século e meio.

Relaciona seu pensamento com a geopolítica desde o geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), passando pelo general brasileiro Golbery do Couto e Silva e chegando a Steve Bannon, o ex-assessor de Donald Trump.

BANNON EM QUEDA

Steve Bannon falou à BBC Brasil e à Reuters, esta última ecoando pelo mundo, que "endossa" o "brilhante" Bolsonaro, "um grande líder para seu país neste momento histórico". Junto à direita americana, porém, Bannon está em baixa.

Nesta sexta, o Drudge Report informa, com ironia: "Ingressos para arrecadação de fundos de Bannon: US$ 0...". No texto linkado, a informação de que os preços para o evento na Flórida foram caindo de US$ 125 para US$ 50 e para o zero de agora.

E dois dias antes o Guardian noticiou que, no Estado de Nova York, "Bannon promove comício para candidatos republicanos, mas nenhum aparece".

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