Ações da Tesla afundam após entrevista de Elon Musk ao New York Times
As ações da Tesla caíam cerca de 9% nesta sexta-feira (17) após o presidente-executivo Elon Musk dizer ao New York Times que seu tuíte sobre o fechamento do capital da empresa não foi revisado por ninguém.
As ações da montadora de carros elétricos caminham para seu pior dia em quase cinco meses, com os comentários de Musk chegando em um momento que os reguladores do mercado dos Estados Unidos pressionam os diretores da Tesla para obter detalhes sobre a quantidade de informações que o presidente-executivo compartilhou com eles.
No meio da tarde desta quinta, os papéis da empresa recuavam cerca de 8,9%, a US$ 305.
O jornal também relatou que a montadora está se movimentando para encontrar um segundo executivo para ajudar a aliviar um pouco a pressão sobre Musk, que tem lidado com problemas de produção do Model 3 e tem sido criticado por seu comportamento errático no Twitter.
"Há preocupações crescentes de que o conselho possa considerar mudar seu papel de CEO e presidente do conselho, e pode haver pressão da Securities and Exchange Comission (SEC) para que isso aconteça também com base na sua atividade no Twitter", disse Ivan Feinseth, analista da Tigress Financial Partners.
"Embora isso possa ser uma questão de governança, seria uma questão muito decepcionante para a empresa, porque a visão e a personalidade de Elon Musk estão muito integradas na empresa."
Musk disse na entrevista que não tem planos de abandonar seu duplo papel na montadora de presidente-executivo e presidente do conselho.
Na entrevista de uma hora, onde Musk se emocionou várias vezes, ele disse: "Este último ano foi o mais difícil e doloroso da minha carreira. Foi excruciante".
Musk surpreendeu os mercados na semana passada ao tuitar que ele estava considerando fechar o capital da Tesla por US$ 420 por ação e que havia conseguido financiamento. Naquele dia, as ações dispararam 11%.