Apple compra startup voltada para lentes de óculos de realidade aumentada
A Apple adquiriu uma startup focada na fabricação de lentes para óculos de realidade aumentada, confirmou a empresa na quarta-feira (29), em um sinal de que tem ambições de fabricar um aparelho para sobrepor informação digital ao mundo real.
A Apple confirmou a aquisição da Akonia Holographics. "A Apple compra empresas menores de tempos em tempos e nós geralmente não discutimos nossos propósitos ou planos", disse a fabricante do iPhone em um comunicado.
A Akonia não pode ser imediatamente contatada para comentar. A empresa foi fundada em 2012 por um grupo de cientistas de holografia e tinha originalmente o foco voltado para um armazenamento de dados holográficos antes de migrar seus esforços para criar telas para óculos de realidade aumentada, de acordo com seu site.
Na realidade aumentada, a informação digital é sobreposta ao mundo físico, como no popular jogo Pokemon Go.
Telefones celulares usam seus sistemas de câmeras para fazer isso na tela do aparelho, mas grandes empresas de tecnologia estão correndo para criar óculos que vão mostrar informação digital em lentes transparentes.
A Akonia disse que sua tecnologia permite que "lentes finas, inteligentes e transparentes mostrem imagens vibrantes, em cores e amplas".
Segundo o site da startup, seu portfólio tem mais de 200 patentes relacionadas a sistemas e materiais holográficos.
A Akonia também informou que levantou US$ 11,6 milhões (R$ 48,7 milhões) em financiamento inicial em 2012 e estava buscando recursos adicionais. Não ficou claro se esse financiamento se materializou ou quem são os investidores da empresa.
O preço de compra e a data de aquisição não foram informados, embora um executivo da indústria de realidade aumentada tenha dito que a equipe da Akonia se tornou "muito silenciosa" ao longo dos últimos seis meses, indicando que o acordo pode ter acontecido no primeiro semestre de 2018.
A Apple tem um histórico de compra de empresas menores cujas tecnologias aparecem anos depois em seus produtos.
Em 2013, a companhia adquiriu uma pequena empresa israelense chamada PrimeSense, que fazia sensores tridimensionais. O iPhone X, lançado no ano passado, usou um sensor similar para alimentar os recursos de reconhecimento facial.