Após mais de 500 dias presos em Mianmar, jornalistas da Reuters são liberados
Os dois jornalistas da agência de notícias Reuters, Wa Lone, 33, e Kyaw Soe Oo, 29, que estavam presos em Mianmar, foram soltos nesta terça-feira (7), em Rangun, após mais de 500 dias presos.
Os dois jornalistas foram condenados em setembro de 2018 a sete anos de prisão depois que a polícia os acusou de violar uma lei de 1923 ao adquirirem “documentos secretos importantes” de dois policiais.
Os repórteres sempre se declararam inocentes, e a Reuters citou “evidências convincentes de armação policial” depois que um agente testemunhou que um oficial superior havia ordenado que se fizesse uma emboscada para os repórteres.
Desde o mês passado, o presidente Win Myint vem concedendo anistias em massas a prisioneiros. É costume em Mianmar que as autoridades libertem presos em todo o país na época do tradicional Ano Novo, que começou em 17 de abril.
Cercado por repórteres e simpatizantes após sair da prisão de Insein, Wa Lone fez, sorridente, um sinal de positivo e disse que estava agradecido pelos esforços internacionais para garantir sua liberdade. "Estou muito feliz e animado para ver minha família e meus amigos. Eu não posso esperar para ir para o meu jornal", afirmou Wa Lone.
Kyaw Soe Oo sorriu e acenou.
Antes de serem presos em dezembro de 2017, os dois estavam trabalhando em uma investigação sobre o assassinato de dez membros da etnia muçulmana rohingya, que é perseguida no país pelo Exército desde uma ofensiva que começou em agosto de 2017.