Após série de apagões, Maduro demite ministro da Energia
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (1º) ter demitido o ministro da Energia, Luis Motta, após uma série de apagões no mês de março no país.
Motta será substituído pelo engenheiro elétrico Igor Gaviria, que também dirigirá a estatal Corporación Eléctrica Nacional (Corpoelec).
"Decidi designar um trabalhador da indústria elétrica com 25 anos de experiência, engenheiro elétrico, que já teve diversas responsabilidade", afirmou Maduro em transmissão pela TV. Motta estava no cargo desde 2015.
Maduro assinou ainda um decreto que cria o "estado-maior elétrico", liderado pela vice Delcy Rodríguez e pelo ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol, que deverão buscar soluções para a crise e reforçar a segurança nas instalações do setor.
No domingo, dia em que novos protestos contra os apagões foram realizados em Caracas, Maduro anunciou um plano de racionamento de energia na Venezuela que durará ao menos um mês. As manifestações foram reprimidas por milícias ligadas a Maduro, os chamados coletivos.
O governo Maduro sustenta que os apagões são causados por "ataques terroristas" realizados a mando de países estrangeiros.
“Aprovei um plano de 30 dias de um regime de administração de carga, de equilíbrio no processo de geração, de transmissão e de consumo [de energia] em todo o país, colocando ênfase em garantir o serviço de água”, disse Maduro.
O governo também anunciou a suspensão das aulas e atividades escolares e determinou que o expediente de trabalho deverá ser encerrado às 14h no setor público e nas empresas. O comunicado não informou até quando essa medida será mantida.
Acompanhado por ministros e pelo alto comando militar, Maduro transmitiu a mensagem em cadeia de rádio e TV, embora tenha reconhecido que muitos venezuelanos não poderiam vê-lo porque seguiam sem eletricidade na noite do domingo.