Aquilo que está sendo desejado por todos está sendo discutido, diz presidente do Bradesco sobre reformas

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que os primeiros anúncios econômicos do governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL) são temas que “todo mundo reconhece que são importantes”.

“Então temos aquilo que é desejado por todos e parece que está sendo discutido”, disse Lazari.

O executivo, diferente de seus pares do Itaú e do Santander, não citou reformas que considera importantes e comentou nenhum ponto em debate sobre propostas do atual governo.

​Nesta quinta, foi apresentada uma das propostas de reforma da Previdência entregues a Bolsonaro, capitaneada pelo economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.

Na segunda, o presidente eleito havia mencionado a possibilidade de apoiar a aprovação do texto que já tramita no Congresso, proposto pelo governo Temer (MDB).

Ainda no conjunto de medidas econômicas de Bolsonaro, foi anunciada a criação de um superministério da economia (junção de Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior), sob o comando de Paulo Guedes. Outras fusões já estão em debate.

Candido Bracher, presidente do Itaú, afirmou que a reforma da Previdência é prioritária, mas defendeu também mudanças em educação para o aumento de produtividade do país.

O presidente do Santander, Sergio Rial, disse ser primordial que o novo governo destrua monopólios no sistema financeiro, como os de folha de pagamento.

Liberdade de Imprensa

Lazari comentou também sobre falas mais polêmicas de Bolsonaro, como as críticas à imprensa. O presidente eleito fez diversos ataques à Folha. No mais recente, em entrevista ao Jornal Nacional, afirmou que "por si só, esse jornal se acabou”.

O presidente do Bradesco afirmou que a constituição assegura a liberdade de pensamento e que nesse tópico está incluída a liberdade de imprensa. “Liberdade de imprensa e democracia são cláusulas pétreas. Onde houver espaço para a liberdade de imprensa vai haver consolidação da democracia”, afirmou.

Sobre liberdades individuais e igualdade entre as pessoas, em contraponto a afirmações de cunho racista e misógino de Bolsonaro, Lazari disse que “não há discussão” e afirmou que o banco é defensor de princípios democráticos.

“O banco é defensor de princípios democráticos, não temos nenhuma dúvida e nenhum titubeio em relação a isso”, completou.

Lazari falou a jornalistas em teleconferência para detalhar os resultados do banco no terceiro trimestre deste ano. O lucro do banco subiu 14%, para R$ 5,5 bilhões, em comparação com o período de julho a setembro de 2017.

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