Assessor de Viviane Senna será ministro da Educação de Bolsonaro
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) definiu nesta quarta-feira (21) o nome de Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna, como o futuro ministro da Educação.
O anúncio será feito ainda na tarde desta quarta-feira (21). O educador foi sondado na semana passada e aceitou o convite em conversa com o capitão reformado.
Ele chegou a ser sondado pelo presidente Michel Temer (MDB) para o cargo, mas, na época, recusou. Da mesma forma declinou de um convite de João Doria (PSDB) para integrar o secretariado da Prefeitura de São Paulo.
Antes de assumir o cargo instituto, Ramos foi presidente do Movimento Todos pela Educação e professor e reitor da Universidade Federal de Pernambuco. Ele também foi secretário de Educação de Pernambuco.
Mozart é doutor em química pela Unicamp. Em entrevistas, defendeu a valorização da carreira dos professores como forma de resolver um dos gargalos da educação.
Em 2010, em entrevista à Folha, Mozart disse ser necessário criar uma agenda para a educação que não seja de governo, mas de Estado. "Há uma clareza muito grande de que, após a redemocratização do país, após a economia ficar sólida, a terceira revolução que a gente tem de fazer é a da educação: é preciso envolver toda a sociedade nisso."
O desejo de Bolsonaro era ter à frente da pasta a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, mas ela demonstrou resistência em assumir o posto.
Na semana passada, em um encontro sigiloso, Viviane e Mozart se reuniram com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Após a reunião, Mozart chegou a negar à Folha que tivesse havido sondagem para o cargo ministerial durante a reunião.
nomeação representa um ponto para a deputada eleita Joyce Hasselmann (PSL), que foi quem apresentou Vivane a Bolsonaro. Ainda na campanha, Viviane visitou Bolsonaro em sua casa, no Rio.
Viviane é irmã de Ayrton Senna, piloto tricampeão brasileiro de Fórmula 1 que morreu em acidente em maio de 1994, enquanto competia na Itália.