Ativista do Pussy Riot provavelmente foi envenenado, diz médico alemão
O ativista do grupo anti-Kremlin Pussy Riot transferido na semana passada para a Alemanha após ser internado em Moscou provavelmente foi envenenado, afirmou nesta terça-feira (18) um médico em Berlim.
Pyotr Verzilov foi um dos ativistas que invadiram o campo durante a final da Copa do Mundo na Rússia, em julho.
Ele foi internado após perder a visão, a fala e os movimentos, segundo o grupo.
"É altamente provável que ele tenha sido envenenado", afirmou o médico Kai-Uwe Eckardt, do Hospital Charité.
O hospital informou que Verzilov já não enfrenta risco de morte, está consciente e consegue falar, mas ainda precisa de cuidados intensivos.
A substância que teria sido usada não foi identificada.
Segundo Eckardt, "os sintomas que sofre podem ter sido provocados por uma incrível diversidade de substâncias", entre elas plantas ou diversos tipos de drogas.
A possibilidade de conseguir determinar a natureza dessas substâncias "não é muito elevada", admitiu, já que as análises foram realizadas seis dias depois do envenenamento.
O ativista de 30 anos, que também tem nacionalidade canadense, havia chegado a Berlim em um estado classificado como "grave", a bordo de um avião na madrugada de domingo. Estava acompanhado por membros de sua família.
"Parto do princípio de que foi vítima de um ato de intimidação, incluindo uma tentativa de assassinato" por envenenamento, declarou ao tabloide alemão Bild sua mulher, Nadezhda Tolokonnikova.