Ativista que invadiu o campo na final da Copa é condenada a 15 dias de prisão
Um tribunal de Moscou condenou nesta segunda-feira (16) uma das ativistas que invadiu o campo durante a final da Copa do Mundo a 15 dias de prisão.
O juiz também proibiu Veronika Nikulshina de participar de eventos esportivos durante três anos.
As outras três mulheres que participaram do ato também serão julgadas.
As ativistas, ligadas à banda punk feminista russa Pussy Riot, invadiram o campo da final da Copa do Mundo no começo do segundo tempo, interrompendo brevemente o jogo entre França e Croácia.
É a primeira vez que o grupo consegue fazer um protesto contra o governo na frente de seu maior alvo, o presidente Vladimir Putin, que está na tribuna de honra do Estádio Lujniki.
Segundo comunicado postado em redes sociais pelo Pussy Riot, a intenção do grupo é protestar contra a falta de liberdade de expressão na Rússia de Vladimir Putin. Pede a libertação de presos como o cineasta Oleg Sentsov, que está em greve de fome. Também reivindica o fim do que chama de casos judiciais fabricados contra opositores do governo.
Elas também quiseram homenagear o poeta soviético Dmitri Prigov, cuja morte completa 11 anos nesta segunda (16). Crítico do Estado totalitário comunista, ele criou versos centrados na imagem do policial, em alusão ao poder do governo. Foi detido pela polícia secreta diversas vezes, e internado em manicômio em 1986. Por isso as ativistas escolheram a fantasia de policial.