Autorizações para construção em SP crescem 28% nos primeiros 9 meses do ano
O número de novas edificações autorizadas pela Prefeitura de São Paulo nos primeiros nove meses de 2017 é 27,8% maior que no mesmo período do ano passado.
Os prédios com terrenos maiores que 1.000 m² tiveram alta mais significativa, de 43,8%. Os dados são da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da capital.
O resultado é de crescimento porque a base de comparação é baixa, segundo Odair Senra, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato do setor da construção).
“O número indica uma preparação para a retomada que, acredito, teremos em 2019.”
Na cidade de São Paulo e no interior do estado, as vendas crescem a uma velocidade maior que os lançamentos, segundo Flavio Amary, presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
“É uma sinalização de que, a médio prazo, haverá pressão nos preços, pois não conseguiremos produzir a quantidade de casas demandadas.”
Os dirigentes citam ainda a possibilidade de mudanças na lei do distrato acelerarem o mercado —elas foram aprovadas na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta quarta (7).
Pelas regras atuais, clientes que compraram apartamentos na planta podem receber até 90% de seu dinheiro de volta se desistirem do contrato antes da entrega.
O projeto que foi aprovado na comissão permite que as construtoras fiquem com até metade do valor pago em caso de cancelamento.
O texto vai ao plenário da casa e precisará passar pela sanção presidencial. A expectativa é que isso aconteça ainda neste ano, segundo Amary.
Engrenagens Lubrificadas
A petroleira malaia Petronas vai investir pelo menos US$ 15 milhões (cerca de R$ 56 milhões no câmbio atual) em sua área de lubrificantes do Brasil no ano que vem.
“O plano é aportar outros US$ 50 milhões (R$ 186 milhões) nos próximos anos”, diz Giuseppe D’Arrigo, diretor-executivo global da área.
“É um mercado muito complicado, e a operação tem mantido sua fatia das vendas, mesmo em um cenário difícil. Estamos convencidos de que, se a oportunidade chegar, poderemos aumentar o nível de investimento.”
A companhia aportou quase R$ 33 milhões neste ano em um centro de pesquisa e tecnologia em Contagem (MG), que deverá receber novos recursos à medida que se desenvolve, afirma.
A modernização da fábrica na mesma cidade e o setor de marketing também serão fortalecidos.
A linha de produtos voltada ao segmento agrícola tem sido a mais bem sucedida no país nos últimos anos, mas a companhia prevê um incremento nos setores industrial e automotivo a partir de 2019, segundo Guilherme de Paula, diretor para as Américas.
“Deveremos crescer 3% no ano que vem, um pouco acima do PIB”, diz ele.
Raio-X
Petronas Lubrificantes
US$ 380 milhões
(R$ 1,34 bilhão) é a receita aproximada no Brasil
US$ 1,9 bilhão
(R$ 7,1 bilhões) é o faturamento global da área
Pizza Hut vai abrir 18 lojas próprias até o fim de 2019
A rede de restaurantes Pizza Hut, do investidor Carlos Wizard, investirá na abertura de ao menos 18 lojas próprias até o fim de 2019. A marca só opera com franquias hoje.
“Os aportes em cada ponto chegam R$ 1,5 milhão. Decidimos ter unidades para acelerar a expansão. Oito delas serão inauguradas até dezembro deste ano”, diz o gerente-geral da marca no país, Saddy Nardino.
A empresa terá ao menos 12 franquias novas até o fim de 2018. Para 2019, a projeção é ter 100 inaugurações, 10 delas feitas pela Pizza Hut.
“Faremos os testes de inovações e estratégias de vendas inicialmente nas nossas lojas e depois em toda a rede.”
“O nosso maior foco é em São Paulo, com mais pontos de rua, e no Rio, onde teremos no mínimo 20 novas operações, principalmente em shoppings”, diz ele.
A subsidiária local, comprada em janeiro pela Sforza, estima crescer 15% em 2018.
180
são os restaurantes hoje
7.000
são os funcionários da rede
Escavadeiras fora do buraco
O segmento de veículos e equipamentos para obras de infraestrutura (linha amarela), voltará a crescer em 2018, segundo a Sobratema (associação setorial).
A estimativa é de aumento de 40% nas vendas, afirma Eurimilson Daniel, vice-presidente da entidade.
“É um crescimento que retrata muito mais uma recuperação do terreno perdido nos últimos anos.”
O setor registrou mais de 33 mil máquinas comercializadas em 2013 —no ano passado, o número ficou próximo a 8.300.
A projeção para 2019 é de uma variação anual de até 3%, positiva ou negativa, segundo Daniel.
“O governo não deixou leilões de grandes obras prontos, então teremos que passar por um ciclo de editais para só então termos o início dos trabalhos. E a prioridade da União será equilibrar as contas públicas”, diz.
“Há um contraponto: com juros e inflação estáveis e mais emprego, há um otimismo maior. A demanda reprimida está elevada”, afirma o executivo.
Corporativo A receita do setor de turismo de negócios, que inclui companhias aéreas, hotéis e empresas de evento, cresceu 7,8% e chegou a R$ 2,7 bilhões, segundo a Abracorp (do setor).
Incorporação A equipe que trabalha no setor de imóveis de logística e galpões industriais da consultoria imobiliária Nai Brazil será incorporada pela concorrente Colliers International Brasil.
Contas... A inadimplência dos consumidores subiu 1% em outubro, na comparação com o mês anterior, segundo a Boa Vista SCPC. A alta é de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
...vencidas No acumulado em 12 meses, o indicador tem queda de 1,9%. A projeção da entidade é de estabilização para os próximos meses.
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas