Bolsa e dólar aguardam votação da Previdência na CCJ
O mercado permaneceu estável nesta segunda-feira (22) à espera da votação da reforma da Previdência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na terça (23).
O secretário especial de Previdência e Trabalho do governo Bolsonaro, Rogério Marinho, já confirmou que o relatório da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que será votado na sessão de amanhã terá mudanças. A alteração visa uma aproximação com o centrão, cujo apoio é fundamental para aprovação da proposta.
Os pontos a serem alterados não foram divulgados e ainda são negociadas com parlamentares. Segundo Marinho, Marinho as mudanças não irão diminuir a economia buscada pelo governo — 1,1 trilhão de reais em 10 anos.
O Ibovespa tocou a máxima da sessão pouco após os comentários de Marinho, chegando a superar 95 mil pontos.
"Um acordo tende a facilitar a aprovação da matéria na CCJ por ampla maioria, o que demonstraria uma melhora na capacidade de articulação política do governo", afirmou o operador Alexandre Soares, da BGC Liquidez.
No exterior, as bolsas norte-americanas terminaram sem uma direção única, com pequenas oscilações, com investidores preferindo não fazer grandes apostas antes de uma bateria de resultados de grandes empresas nos Estados Unidos. Na Europa, não houve pregão devido ao feriado de Páscoa.
O Ibovespa, maior índice acionário do país, fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,01%, a 94.588 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10 bilhões, abaixo da média diária anual de R$ 16 bilhões.
O dólar terminou o dia em leve alta de 0,05%, a R$ 3,9340, à medida que agentes de mercado optaram por movimentações leves e sem abertura significativa de novas posições antes da votação da reforma.
Porém, numa evidência do clima de apreensão do mercado, a volatilidade implícita das opções de dólar/real voltou a subir, rondando máximas em quase quatro semanas.