Bolsa fecha em queda com exterior negativo
Os principais índices globais fecharam em queda nesta quinta-feira (9), em meio ao ambiente de apreensão no exterior com os desdobramentos das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. No Brasil, o cenário negativo se somou ao recuo do varejo de acordo com últimos balanços divulgados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na noite de quarta-feira que a China "quebrou o acordo" em negociações comerciais e prometeu não recuar na imposição de novas tarifas sobre as importações chinesas.
Nesta quinta-feira, Pequim apelou aos EUA para encontrarem um meio-termo a fim de que os dois países consigam fechar um acordo, enquanto seu principal negociador chega nesta quinta a Washington para dois dias de negociações na esperança de evitar os aumentos de tarifas a partir de sexta-feira.
Durante o pregão, as Bolsas americanas chegaram a cair mais de 1%, mas aliviaram a queda no fechamento. Dow Jones recuou 0,54%, S&P 500 caiu 0,3% e Nasdaq perdeu 0,4%.
Na Europa, os principais índices tiveram quedas de cerca de 2%. A Bolsa suíça teve o pior recuo percentual do ano, com 2% de perdas.
Para a equipe da corretora Mirae Asset, a nova ida de uma comitiva chinesa não retira a preocupação dos investidores em relação à piora de expectativas sobre a guerra comercial entre os dois países e o consequente impacto na desaceleração da economia mundial.
Além dos desdobramentos da disputa comercial entre EUA e China, o penúltimo pregão da semana também foi marcado pela repercussão de decisão de política monetária do Banco Central e números mais fracos sobre as vendas no varejo. Investidores seguem monitorando o andamento da reforma da Previdência.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,82%, a 94.807 pontos. O volume financeiro somava 13 bilhões de reais.
O dólar acompanhou o viés negativo e subiu 0,48%, a R$ 3,9540.