Bolsonaro ameaça cortar laços diplomáticos com Cuba

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que não havia razão para manter relações diplomáticas com Cuba, porque o país desrespeita direitos humanos e não há negócios a fazer com a ilha de governo comunista. 

Em uma entrevista publicada nesta sexta (2) pelo jornal Correio Braziliense, Bolsonaro criticou o Mais Médicos, programa que tem 11.420 profissionais cubanos trabalhando em áreas pobres do Brasil.  

Ele disse que 75% do salário desses médicos é pago ao governo de Cuba e que seus filhos são proibidos de se juntarem a eles, citando o caso de um médico cujos três filhos foram obrigados a ficar em Cuba. 

“Isso é tortura para uma mãe”, diz Bolsonaro. “Como podemos manter relações diplomáticas com um país que trata sua população dessa forma?”

Bolsonaro disse que o programa, começado pela presidente Dilma Rousseff para prover atendimento em áreas em que médicos brasileiros não atuavam, pode continuar, mas médicos cubanos deverão ganhar seu rendimento integralmente e ter seus filhos com eles. 

Bolsonaro, que foi eleito na semana passada, assume a presidência no dia 1º de janeiro e promete a maior mudança na política externa brasileira em décadas.  

Ele vai buscar estreitar laços com os Estados Unidos e confirmou na quinta-feira (1º) que planeja seguir os passos do presidente americano Donald Trump de mover sua embaixada de Israel para Jerusalém. 
 

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