Brasil lidera morte por arma de fogo no mundo, diz estudo

O Jama (Journal of the American Medical Association) publicou pesquisa acadêmica sobre mortes ligadas a armas e destacou como resultado:

“Em todo o mundo, estima-se que 251 mil morreram devido a ferimentos por arma de fogo em 2016, com seis países (Brasil, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala) representando 50,5% dessas mortes.”

Compilado pela Universidade de Washington, o estudo ecoou por veículos como a CNN, que afirmou que “duas das maiores economias do mundo, EUA e Brasil, têm taxas acima da média”.

O enunciado no New York Times, com AP, focou a posição dos EUA no ranking. Já o mexicano Vanguardia, com Efe, publicou que “a lista é encabeçada por Brasil, EUA e Índia” e o “México ocupa o quarto lugar”.

Alguns veículos, como US News (acima), destacaram que “o Brasil teve mais mortes por armas de fogo, 43.200”.

TRAGÉDIA ANUNCIADA

Em longo artigo sobre o “autoritarismo no Brasil”, o berlinense Taz (Die Tageszeitung) fala em “tragédia anunciada” no título. O jornal esquerdista abre relatando que “ativistas são ameaçados de morte, pobres são criminalizados. Uma nova onda de autoritarismo está devastando o Brasil”.

E encerra dizendo que “o autoritarismo estatal e a ascensão de grupos de direita radical encontraram sua voz num candidato: Jair Bolsonaro”.

O ELEFANTE NA SALA

Na mesma pág. 10, o Financial Times publicou editorial e carta do ex-chanceler Celso Amorim sobre a eleição no Brasil.

No primeiro, o jornal diz que “será um momento existencial” e que “o elefante na sala é Mr. Lula da Silva”, o qual se defendeu no NYT e foi criticado por FHC “neste jornal”. Para o FT, “seja lá quem estiver certo, Lula provavelmente será barrado” e “a atenção tem se voltado para Bolsonaro, com apoio entre brasileiros cansados da criminalidade”.

Já Amorim escreve que comissão da ONU “solicitou ao Brasil que tome ‘todas as medidas’ para assegurar os direitos políticos de Lula”.

MILIONÁRIOS EM FUGA

O financeiro Les Échos fala em incerteza, sublinhando o prognóstico de instituições como Nomura, que afirma: “Mesmo havendo espaço para Alckmin crescer com a campanha na TV, o mercado começou a incorporar cenário mais incerto, com maior probabilidade de vitória da esquerda”.

E a Bloomberg, noticiando o êxodo de dois mil milionários brasileiros em 2017, segundo consultoria sul-africana, titulou: “Milionários abandonando o navio, em mais um sintoma dos infortúnios do Brasil”.

ALCKMIN EM LOOP CONTÍNUO

Em longo material apresentando o início da campanha, o alemão Süddeutsche Zeitung destacou que “quase metade da população votaria pelo ex-presidente preso Lula”. Mas acrescentou que se tratae de um “país louco por TV, e Alckmin espera ansioso” pelo horário eleitoral:

“Ele assegurou um monopólio de televisão. Serão 5min32s de Alckmin em loop contínuo.”

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