Briga entre torcedores de São Paulo e Corinthians deixa 14 feridos em SP
Uma briga entre torcedores do São Paulo e do Corinthians deixou ao menos 14 pessoas feridas em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, na manhã deste domingo (14). Uma delas foi baleada, segundo a Polícia Militar.
Policiais chegaram ao local do confronto, na rua Rafael Anunciato, por volta das 10h30. Ao menos cinco pessoas foram presas e levadas ao distrito policial da cidade.
Os feridos foram encaminhados ao Pronto-Socorro de Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba, ao Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos e ao Hospital Central de Guaianazes, na zona leste de São Paulo. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.
São Paulo e Corinthians disputam às 16h deste domingo a primeira partida da final do Campeonato Paulista, no estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo.
O clássico será realizado com torcida única. Assim, apenas os torcedores do São Paulo podem comparecer no Morumbi
Desde abril de 2016, os clássicos em São Paulo são realizados apenas com a torcida do time mandante. A determinação foi da Secretaria de Segurança Pública após uma série de confrontos entre integrantes das torcidas Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, e Gaviões da Fiel, do Corinthians, que deixou dezenas de feridos e um morto.
Em dezembro de 2017, levantamento da Polícia Militar aponta que houve redução no número de confrontos ao mesmo tempo em que diminuiu o total de escoltas, policiais militares nos estádios e nos arredores após o veto ser adotado.
As autoridades compararam os dados de 20 jogos realizados na capital paulista após a implementação da torcida única –entre maio de 2016 a julho de 2017– com 19 partidas realizadas antes da medida– de abril de 2015 a abril de 2016.
Levantamento do sociólogo Maurício Murad, da Universidade Salgado de Oliveira, em julho de 2017 aponta que houve mais de 100 mortes ligadas ao futebol no Brasil desde 2010 -10% delas dentro de estádios.
"A proibição de alegorias evidentemente não é solução de nada. Alcança no máximo as consequências e não as causas da violência", diz Murad.