Canal russo foi único a acompanhar prisão de Assange
Quando Julian Assange, do WikiLeaks, foi preso, por volta de 6h30 em Brasília, 10h30 em Londres, havia uma única equipe de telejornalismo cobrindo, do Ruptly, serviço ligado à RT, o canal russo de notícias.
Foi o vídeo (acima) que correu mundo, reproduzido por canais ocidentais e linkado, entre muitos outros, pelo agregador americano Drudge Report [reprodução abaixo].
Apesar da denúncia do WikiLeaks, dias atrás, de que seu editor para ser expulso da embaixada pelo presidente do Equador, BBC e outros canais ingleses optaram por deixar a porta do prédio em Londres.
Neste momento, dedicam manchete à prisão veículos como o inglês Guardian, o alemão Süddeutsche, o russo RBC e o Washington Post. Também o New York Times, mas só na home page, não no aplicativo.
De Edward Snowden, que vazou as informações sobre espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA em países como o Brasil, hoje presidente da organização Freedom of the Press, compartilhando o vídeo do Ruptly:
"Imagens do embaixador equatoriano convidando a polícia secreta a entrar na embaixada para arrastar para fora do prédio um publisher de --goste-se ou não-- jornalismo premiado vão para os livros de história. Os críticos de Assange podem festejar, mas este é um momento sombrio para a liberdade de imprensa."