Celebração de Star Trek reúne espécies de todo o cosmos mais penetras

Klingons, vulcanos, borgs, romulanos e até seres humanos estavam entre as cerca de mil formas de vida que passaram pelo Anhembi no sábado (18) para comemorar os 25 anos da série “Deep Space Nine”, de “Jornada nas Estrelas – Star Trek”. 

O evento de 12 horas, organizado pelo fã-clube NovaFrota, teve palestras, exposições, vídeos, gameshows, mesas-redondas, sorteios, e a banda PAD tocando temas da série.

A feirinha foi a grande atração para quem quisesse se disfarçar de outra espécie: orelhas de látex de Spock saíam a R$ 70. Apesar de o preço ser de outra galáxia, não é necessário usar cola, basta enfiar e sair fazendo a saudação vulcana, “Vida longa e próspera para você também, terráqueo”.

Era possível ainda dar um pulinho em qualquer lugar do universo por meio de uma legítima máquina de teletransporte feita em MDF na garagem da casa de Thiago Maldonado, em Diadema. Triste ficou o Fusca 73 abóbora dele, que perdeu a vaga coberta.

Houve vários penetras não convidados: bonecos e naves da franquia rival “Guerras nas Estrelas - Star Wars”, por exemplo, mas não só. Harry Potter, heróis Marvel e Senhor dos Anéis também bateram cartão na StarCon.

O guitarrista do Ultraje a Rigor, Marcos Kleine, um dos fundadores da NovaFrota, realizava um sonho. Após tocar em diversos eventos semelhantes sozinho, pela primeira vez traria uma banda de rock completa (não o Ultraje; outra, a PAD) para levar ao delírio os trekkers com os temas da série. “Mesmo fora do Brasil, isso é muito difícil de acontecer”, afirmou.

As palestras foram concorridas, enchendo os 800 lugares do auditório Elis Regina. Salvador Nogueira, colunista de ciência da Folha, falou sobre Einstein e os buracos de minhoca (que, na teoria, permitem atalhos de um ponto a outro no universo).

Antes, o engenheiro aeroespacial Lucas Fonseca detalhou a quantas anda a corrida pelo cosmos feita por empresas privadas, a chamada “new space”. “São cerca de 400 empresas no mundo, que trabalham com modelos sustentáveis, como se fossem start-ups, e têm como clientes os governos. Mas de nenhuma forma fazem só o que os governos querem. Fazem o que acham melhor e oferecem produtos. As coisas se inverteram.”

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