Chineses donos do Grindr discutem venda do app gay após pressão dos EUA

O grupo chinês proprietário do aplicativo de encontros para homossexuais Grindr confirmou "discussões" com autoridades americanas depois que foram reveladas informações de que Washington exigiu a venda do aplicativo por razões de segurança nacional.

"Estamos em discussão com o Comitê para Investimentos Estrangeiros (CFIUS)", órgão responsável por examinar as consequências para a segurança das compras de grupos estrangeiros nos Estados Unidos, informa um comunicado enviado à Bolsa pelo grupo Beijing Kunlun Tech.

"Até agora não alcançamos nenhum acordo com o CFIUS e comunicaremos em caso de novas informações", afirma o texto enviado no fim de semana à Bolsa de Shenzhen.

O grupo Beijing Kunlun Tech, especializado em jogos online e que tem sede em Pequim, pagou US$ 93 milhões (R$ 358 milhões) em 2016 para adquirir 60% do Grindr.

No início de 2018 o grupo pagou US$ 152 milhões para ter o controle total do aplicativo.

O Wall Street Journal informou na semana passada que o CFIUS ordenou ao Kunlun Tech a venda do Grindr, alegando temores de segurança.

As autoridades americanas temem que o grupo "não tenha outra opção a não ser compartilhar informações sobre seus usuários se o governo chinês exigir", indicou o jornal.

O Grindr, fundado em 2009, afirma ter milhões de usuários por dia, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e queer (LGBTQ) em todo o mundo.

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