Cidade de Pedro Álvares Cabral tem até castelo com bandeira do Brasil
Quem chega à pequena Belmonte, no Centro de Portugal, depara-se com uma simpática cidade medieval com dezenas de referências ao Brasil. Uma das mais simbólicas fica na torre de seu castelo, onde a bandeira brasileira tremula bem ao lado da lusitana.
Foi nesta fortificação que nasceu, em 1467 (ou 1468, os historiadores divergem), Pedro Álvares Cabral, em uma família de nobres que estava bastante inserida nas políticas e nas intrigas da efervescente corte portuguesa da época da expansão ultramarina.
Vista interna do castelo de Belmonte, onde nasceu Pedro Álvares Cabral | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Há exatos 519 anos, Cabral tornava-se (oficialmente) o primeiro europeu a identificar o território que hoje é chamado de Brasil. O feito, realizado quando Cabral liderava uma expedição com destino à Índia, marcou o início da colonização portuguesa no país e colocou definitivamente o nome de Cabral nos livros de história.
Embora Cabral seja menos reverenciado em Portugal do que seu contemporâneo Vasco da Gama –que encontrou o caminho das Índias–, em Belmonte, ele é soberano.
No castelo que pertenceu à sua família, está instalado um pequeno museu que conta detalhes sobre o achamento do Brasil, com direito a alguns objetos, entre réplicas e originais, que eram usados no período. Há ainda um facsímile da famosa carta de Pêro Vaz de Caminha, onde o cronista da expedição faz o primeiro relato da Terra de Vera Cruz ao rei Manuel 1º.
Há um pequeno museu no interior do castelo | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
No centro da vila de Belmonte, além de lojas e restaurantes batizados com referências a Cabral e ao Brasil, há ainda uma estátua do navegador. Uma placa datada de 30 de junho de 1968 indica que o monumento “foi feito erigir pelo governo brasileiro no 5º centenário do nascimento de Pedro Álvares Cabral”.
Há um pequeno museu no interior do castelo | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Passado judaico
Além dos brasileiros, israelenses e judeus em geral costumam rumar para Belmonte em buscas de referências. A cidade abrigou uma famosa comunidade judaica que se manteve oculta durante séculos, mas fiel às suas tradições, mesmo durante o período da Santa Inquisição, que perseguiu e matou não cristãos na Europa na Idade Média.
Há várias referências judaicas na vila de Belmonte | Foto: Giuliana Miranda/Folhapress
Desde 2005, há um museu judaico na cidade. Há ainda uma bonita sinagoga e várias outras referências espalhadas pela vila, inclusive nas portas das casas.
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