Comboio é recebido com gás lacrimogêneo em ponte entre Colômbia e Venezuela
Uma tentativa da oposição de fazer passar um comboio de ajuda humanitária pela fronteira da Colômbia com a Venezuela na tarde deste sábado (23) foi recebida com disparos de gás lacrimogêneo pelas forças venezuelanas.
Na linha de frente, oposicionistas jogavam pedras para tentar forçar o recuo dos militares.
Segundo a agência de notícias AFP, com ao menos duas pessoas ficaram feridas na tentativa de travessia da ponte internacional Simón Bolívar, cujo acesso foi fechado pelo regime do ditador Nicolás Maduro na noite de sexta.
Os feridos são manifestantes que faziam parte de uma "corrente humanitária" para fazer passar a assistência.
Momentos antes, o líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, subiu em um dos caminhões em sinal de partida.
"A ajuda humanitária está definitivamente a caminho da Venezuela, de maneira pacífica, para salvar vidas neste momento", disse Guaidó.
As duas camionetes enviadas pelo Brasil à Venezuela estavam no início da tarde no ponto intermediário entre as duas alfândegas, em Pacaraima (Roraima).
O primeiro veículo chegou no fim da manhã ao ponto onde estão as bandeiras dos dois países e parou ao lado do pavilhão da Venezuela. O segundo chegou no início da tarde e estacionou ao lado.
Os dois caminhões estão parados com a parte da carga voltada para os militares venezuelanos, para que estes observem que transportam apenas ajuda humanitária, explicou um dos coordenadores da operação.
Está previsto que os motoristas sigam em marcha a ré e que os motoristas e venezuelanos presentes no Brasil tentem negociar a entrada na Venezuela.