Corte de Israel mantém decisão de barrar estudante dos EUA detida em aeroporto
Uma corte israelense manteve a proibição à entrada no país da estudante americana Lara Alqasem, 22, devido ao seu suposto apoio ao boicote contra o Estado judaico.
Cidadã americana com avós palestinos, Alqasem está detida desde o início de outubro no aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, e teve seu recurso negado nesta sexta-feira (12).
Apesar de ter um visto de estudante válido, ela foi impedida de entrar no país e teve ordem de deportação, devido a suspeitas de que apoia uma campanha pró-palestinos que pede sanções e boicotes contra Israel.
Uma corte israelense determinou que ela deve permanecer sob custódia enquanto apela da decisão. Alqasem está registrada para estudar direitos humanos na Universidade Hebraica de Jerusalém, que apoiou a apelação da estudante.
Ela é ex-presidente da agremiação Estudantes pela Justiça na Palestina, da Universidade da Flórida, grupo que apoia o movimento de boicote.
No ano passado, Israel aprovou uma lei que bane do país qualquer estrangeiro que "professe publicamente o boicote a Israel".
"Lara serviu como presidente do capítulo de uma dos mais extremistas e odiosos grupos pró-boicote nos EUA", afirmou o ministro de Assuntos Estratégicos, Gilad Erdan. "Israel não vai permitir a entrada daqueles que trabalham para prejudicar o país, qualquer que seja sua desculpa."
O ministro disse que, sob a presidência de Alqasem, o grupo defendeu um boicote contra a marca israelense de hummus Sabra.
Em sua defesa, Alqasem diz que nunca participou ativamente de campanhas e se comprometeu a não fazê-lo no futuro.
"Estamos falando de alguém que simplesmente quer estudar em Israel e que não está boicotando nada", disse eu advogado, Yotam Ben-Hillel. "Ela nem faz parte daquele grupo mais."