Crise na Venezuela | Venezuela não conseguirá sair sozinha do regime chavista, diz Mourão
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou hoje à tarde durante a sua participação no Grupo de Lima, em Bogotá, que a Venezuela não conseguirá sair sozinha da "opressão do regime chavista", sem, no entanto, propor soluções mais enérgicas ao problema.
Para Mourão, o momento é de solidariedade interamericana para evitar conflitos que agravem a crise vivenciada pelos moradores do país vizinho.
À luz dos acontecimentos acumulados há mais de uma década, sabemos reconhecer que Venezuela não conseguirá se livrar sozinha da opressão do regime chavista
General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil
"O momento é de solidariedade interamericana, desvestida de ideologia e sectarismo, uma solidariedade sensível à crise humana e moral que se abate de maneira contundente sobre a Venezuela", disse o vice-presidente.
Ele disse ainda que não se deve temer a busca por sanções internacionais "ao regime chavista", mas que isso deve acontecer ante os organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), OEA (Organização dos Estados Americanos) tribunais internacionais e outros.
Representando o governo brasileiro, o general disse ser possível devolver a democracia à Venezuela sem o uso de "medidas extremas".
"Brasil acredita firmemente que é possível devolver Venezuela ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida extrema que nos confunda, como nações democráticas, com aquelas que serão julgadas pela história como agressores, invasores e violadores das soberanias nacionais", disse.
No discurso, Mourão fez uma alusão à cooperação entre Estados Unidos e Brasil há 70 anos, que teria evitado confronto entre "países irmãos" e que "afastou do hemisfério potencias alheias à cultura e valores compartilhados".
Perguntas e respostas para entender a crise nas fronteiras da Venezuela
UOL Notícias