Cruzeiro bicampeão mineiro | Mano valoriza título e brinca com estilo: 'Vou continuar assim'
Assim como o Cruzeiro, Mano Menezes é bicampeão mineiro. Depois de ver seu time sair atrás no marcador e passar a maior parte do tempo com o vice-campeonato estadual, o treinador viu sua equipe sair de campo com um empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG. O gol de pênalti marcado por Fred saiu aos 34 minutos do segundo tempo, e o resultado rendeu ao time celeste o segundo título consecutivo do estadual. Ao terminar a partida, o treinador falou sobre um jogo equilibrado, valorizou a apresentação do rival e elogiou a postura dos seus jogadores.
"O técnico não pode ser alguém com comportamento de uma nota só. Às vezes você cobra mais forte, aponta caminhos. Minha linha é mais de apontar caminho do que cobrar. Mas você tem jogadores de alto nível que querem soluções para o jogo. Penso que no primeiro tempo, até o gol sofrido, foi uma partida parelha. O Atlético teve uma filosofia bem definida, inteligente para jogar contra o Cruzeiro. Mas a partir do gol que sofremos, caímos um pouco de produção, perdemos a tranquilidade de jogar. Aí veio a cobrança pela organização, pela atenção em campo. Com a experiência que temos, a confiança que eles têm no técnico, voltamos com o time organizado para buscar a igualdade no marcador", iniciou o treinador.
Precisando sair de campo com pelo menos um empate, Mano Menezes foi ousado. Na etapa final, promoveu as entradas de Thiago Neves e Pedro Rocha, ficando apenas com o volante Henrique em campo. Após o gol de empate marcado por Fred, o treinador voltou a priorizar a defesa, e sacou o meia Rodriguinho do campo.
"Coloquei o Thiago Neves e arrisquei um pouco mais, fugindo das minhas características, jogando com um só volante. Mas esse era o risco que tínhamos que correr. Depois do empate foi só emoção, com bola na área. Mas nós soubemos suportar bem, e mostramos isso com uma defesa sólida", brincou o treinador, que voltou a falar sobre seu estilo de jogo, mais cauteloso e que prioriza a solidez defensiva para só então atacar com qualidade.
"Eu brinco com isso, mas eu estou escondendo um pouco o que nós fazemos de forma muito bem feito. Se está rendendo conquistas, vou continuar assim, vou dizendo que sou retranqueiro e vou continuar atacando bem. Nosso futebol mistura eficiência com qualidade de jogo. Não adianta ter muita qualidade no ataque e perder mais jogos que ganhar, muito menos no futebol brasileiro", concluiu.