De supetão, produção da Petrobras crescerá quase 50%
A Petrobras deverá colocar seis plataformas para extrair petróleo do fundo do mar em funcionamento até o fim deste ano e mais duas em 2019.
A produção diária terá um aumento de 46% —hoje, são cerca de 2,6 milhões de barris por dia, e as oito plataformas deverão representar 1,2 milhão adicionais.
Um salto dessa dimensão não estava nos planos.
O pedido de recuperação judicial e as dificuldades financeiras de um fornecedor, a Ecovix, fizeram com que encomendas da Petrobras atrasassem, segundo Hugo Repsold Júnior, diretor da empresa.
“Tiramos os cascos do estaleiro de Rio Grande (RS), levamos para a China e conseguimos concluir lá, mas com dois anos de atraso. Já era para estarem produzindo faz tempo. Nunca tantas unidades foram acumuladas em um ano.”
O segmento de produção de petróleo é prioritário nesse momento da empresa.
“Os investimentos novos estão praticamente só nos bons campos do pré-sal, que são bastante rentáveis. Nós temos muita dívida e precisamos de caixa, por isso os aportes precisam ser 100% corretos.”
A estatal não tem planos de se tornar unicamente uma produtora, mas os planos para outros segmentos é de encolhimento autônomo, segundo o executivo.
“Não queremos ter todas as refinarias do país. Estamos dispostos a vender e reduzir participações. Preferimos fazer isso nós mesmos, e não da forma que o Cade ou o Congresso determinarem.”
As plataformas demoram seis meses para atingir a capacidade máxima de produção.
Inauguração de plataformas
2 já feitas em 2018
3 previstas para agosto
2 previstas para 2019
R$ 280 bilhões
é a dívida da Petrobras*
* Em dezembro de 2017
Fonte: Petrobras
Inadimplência de lojas de shopping cai 30% no primeiro semestre
A inadimplência de lojistas caiu 30% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).
O nível de pagamentos atrasados de aluguel, condomínio e outras cobranças encerrou junho em 7,1%, três pontos percentuais abaixo dos 10,1% no ano passado.
“O indicador chegou ao nível que tomamos como média [histórica], entre 7% e 8%. Era algo esperado, mas que ocorreu antes das previsões de uma melhora em outubro ou novembro”, diz Glauco Humai, presidente da entidade.
“É um sinal de que o consumo está em uma retomada lenta, assim como a confiança do empresário e as melhores condições de crédito”, afirma Humai.
“Entendemos que essa pequena melhora na liquidez é em grande parte fruto das negociações feitas nos contratos de locação pelos shoppings com as lojas e vice-versa”, afirma Luis Augusto Ildefonso Silva, diretor da Alshop (associação de lojistas).
“As negociações foram mais fortes até três ou quatro meses atrás, para diminuir o número de espaços vazios. Como um pequeno alento começou a aparecer, é possível que agora esses acordos sejam menos praticados.”
Espaço para crescer
As perspectivas para as ações de administradoras de shoppings são positiva no médio prazo, apesar da queda nos últimos meses, diz o banco UBS.
“Com a desvalorização do real, o mercado vislumbrou um aumento de juros, o que tornaria menos atrativa a compra de ações do setor. Achamos, porém, que a variação de preço foi mais negativa do que deveria”, afirma a analista Mariana Taddeo.
Além disso, a penetração de empreendimentos no país é baixa, e o ecommerce ainda tem custos logísticos elevados, segundo o estudo.
A estratégia mais eficiente para ter rentabilidade seria concentrar operações de acordo com a renda da região.
A subida de 1% no poder aquisitivo do entorno de um shopping gera crescimento de R$ 10 nas vendas por metro quadrado, aponta o relatório.
Com todos os dentes na boca
O número de beneficiários de planos odontológicos cresceu 6,8% até junho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo o Sinog (sindicato do setor) e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
No acumulado do ano, a variação é de 3,9%.
Diferentemente dos planos de saúde, que têm sofrido com oscilações negativas desde o início da recessão, o mercado odontológico não parou de se expandir, diz Geraldo Almeida Lima, presidente do sindicato.
“Temos uma taxa de cobertura ainda baixa, de 12% da população, menos do que a de saúde suplementar médica, próxima a 24,5%”, diz ele.
Valores mais baixos que dos planos convencionais e a oferta crescente do produto como um benefício a funcionários também tem impulsionado o setor, afirma Lima.
“Deveremos encerrar o ano com 23,7 milhões de vidas em uma projeção conservadora [um aumento de 5% em relação a 2017]”, diz ele.
23,45 milhões
eram os beneficiários dos planos odontológicos até junho
3,12%
foi o crescimento em relação ao primeiro trimestre
Posso... Custo ainda é a maior barreira para que empresas adotem soluções de atendimento ao cliente que integram contato humano e tecnologia, segundo a consultoria IDC, contratada pela empresa de tecnologia Avaya.
...ajudar? O obstáculo foi apontado por 35% das 800 empresas consultadas em 15 países, inclusive o Brasil. Em seguida aparece a falta de capacitação dos usuários que buscam assistência (32%).
Em dívida A inadimplência média de pessoas físicas deverá ser de 4,96% em agosto, valor estável em relação ao de junho, segundo projeção do Ibevar (instituto dos executivos do varejo).
Alimentação O grupo We Food, das marcas Santo Fogo e Ice Creamy, vai ampliar sua fábrica de sorvetes e começará a abrir lojas próprias na América Latina. O aporte total será de R$ 25 milhões.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas