#DiariodoWebSummit: Dia 3 – Gente, muita gente, robots que nem sempre funcionam e startups
Depois de sobrevivermos ao primeiro dia do Web Summit, o segundo devia ser mais fácil. Só que não. O entusiasmo contagiante que se sente em cada canto tomou conta da conferência e a movimentação tornou-se mais caótica.
Escolher as conferências a que assistir foi um desafio que já enfrentámos antes do Web Summit começar, mas todos os dias “afinamos” as escolhas entre a equipa do SAPO TEK para verificar o que é mais interessante e diferenciador em relação ao que vimos nos dias anteriores. E é também assim que vemos outros participantes, não apenas os jornalistas, fazerem. Talvez por isso hoje a atenção esteve menos focada no palco central e dispersou-se mais pelos outros palcos, e pelos próprios pavilhões, causando verdadeiros engarrafamentos, e enchentes de pessoas que era difícil atravessar, sob o risco de sermos submergidos na multidão.
Para quem tem de correr entre uma agenda muito preenchida, conferências de imprensa, entrevistas e ainda procurar descobrir projetos interessantes entre as centenas que são reveladas todos os dias, é um desafio adicional, mas estes são também possíveis momentos de networking, com uma energia positiva que se vive no espaço do Web Summit e que resulta da combinação entre tantas experiências e backgrouds diferentes, e tanto entusiasmo é contagiante.
Muitas histórias ficaram por contar, e nem todas as conferências foram tão interessantes como à partida pareciam na agenda, mas entre a massificação das moedas virtuais, o futuro dos (e com) os robots e a utilização do Slack nas empresas, conseguimos acompanhar a conferência da comissária europeia Margrethe Vestager, a comissária europeia da concorrência, que falou de ética, regulação e da Google.
Olhámos também para dentro da War Room onde é controlada a rede do Web Summit que este ano já atingiu números impressionantes de ligações e de downloads e que tem demonstrado um desempenho notável. E entrevistámos a startup portuguesa Football ISM.
A robot Sophia voltou ao palco – a vários palcos aliás – para mostrar as suas capacidades e evolução, mas nem sempre foi tão rápida e natural a responder como se esperava, mas há expectativas positivas. E entre os pitches e a tentativa das startups para conseguir os seus 5 minutos de fama – ou um lugar ao sol entre os grandes nomes da tecnologia e investidores, fomos ouvir também conselhos sobre como preparar-se para enfrentar este mundo.
Um dos temas transversais que continua a estar em destaque é a questão da igualdade do género, e da necessidade de trazer mais mulheres para a tecnologia. A organização do Web Summit já tinha divulgado que mais de 40% das participantes são mulheres e hoje revelou os dados de um inquérito realizado na conferência, onde a pressão adicional sobre as mulheres e a dificuldade de atingir posições de liderança ficou bem clara.
Hoje o dia já vai longo e há que reconhecer que a organização do Web Summit contribuiu para isso com os eventos pós conferência, onde a animação é obrigatória e recomendável. Amanhã há mais, com a revelação das startups vencedoras, mais conferências e novos motivos para visitar a exposição. Nós por cá estaremos com as baterias todas recarregadas.