E se a atitude de insubordinação de Kepa virar moda?
O principal personagem do fim de semana no futebol internacional foi o goleiro Kepa Arrizabalaga.
O espanhol Kepa, chamado pelo primeiro nome por grande parte da mídia radiofônica e televisiva muito possivelmente porque o sobrenome não é sonoro nem facilmente pronunciável – e a mídia impressa foi no embalo –, é o titular do Chelsea.
Aos 24 anos, é também o goleiro mais caro da história. Na metade do ano passado, o clube londrino pagou € 80 milhões (R$ 341 milhões pelo câmbio atual) ao Athletic Bilbao para contar com ele. É a 13ª mais cara negociação da história do futebol – a primeira continua sendo a de Neymar.
No domingo (24), o Chelsea enfrentava o favorito Manchester City no estádio de Wembley, na final da Copa da Liga Inglesa.
Em jogo muito pegado, as defesas prevaleciam sobre os ataques, tanto que nem Kepa nem o brasileiro Ederson, goleiro do Man City, foram exigidos em praticamente todo o confronto.
No tempo normal, o 0 a 0 levou à prorrogação. Que se encaminhava para acabar também sem gols.
Já perto do fim dela, Kepa teve de fazer uma rara defesa, em chute colocado de Kun Agüero da entrada da área. Então, repentinamente, ele sentiu cãibras, sendo necessária a paralisação da partida para que recebesse atendimento médico.
Pelas imagens da TV, não parecia mesmo estar nada bem – se fosse cera, para ganhar tempo, ele estava fingindo bem.
Vendo a distância a situação do camisa 1, o treinador do Chelsea, o italiano Maurizio Sarri, não teve dúvida: chamou o reserva, o experiente argentino Caballero, de 37 anos, e decidiu que ele entraria.
Cãibras, além de dolorosas, são um risco, pois podem voltar, sem aviso, no intervalo de segundos ou minutos depois de se manifestarem.
Com essa substituição, Sarri, além de não se arriscar em relação às cãibras de Kepa, lançaria mão, para a iminente disputa de pênaltis, de um goleiro que já foi herói em final de Copa da Liga Inglesa – em 2016, defendendo o Man City, Caballero pegou três pênaltis e o time foi campeão diante do Liverpool.
Só que o treinador não pôde levar adiante o planejado.
Surpreendentemente, com Caballero à beira do gramado, pronto para entrar em campo, Kepa recusou-se a ser substituído. Gesticulando na direção de Sarri, deu a entender que já estava bem, e que não pretendia sair de jeito nenhum.
Here’s the video of Kepa Arrizabalaga refusing to listen to Maurizio Sarri.
Mad scenes