Em meio a plano de redução de custos, Guardian volta a ter lucro operacional
Em meio a um processo de redução de custos e registrando crescimento de audiência em seu canal digital, o jornal britânico The Guardian fechou o ano de 2018 com um lucro operacional (antes de juros, taxas, depreciações e amortizações) de £ 800 mil (R$ 4,1 milhões).
O resultado indica que as receitas com assinaturas e publicidade passaram a ser suficientes para cobrir as contas da companhia.
Em 2016, a companhia iniciou um processo de reestruturação na esteira de seguidos prejuízos substanciais com o objetivo de se tornar lucrativo em três anos.
Naquele ano, a companhia havia registrado prejuízo de £ 57 milhões (R$ 292 milhões).
Ao noticiar os resultados, a editora-chefe do The Guardian, Katharine Viner, comemorou o fato de a publicação ter atingido a sustentabilidade financeira que permitirá a ela seguir produzindo jornalismo de qualidade e que ilumina os tempos atuais.
A empresa disse contar com 650 mil apoiadores, regulares e ter recebido 350 mil doações esporádicas de diferentes pessoas ao longo do último ano.
O jornal mantém o conteúdo produzido por sua Redação acessível gratuitamente pela internet e pede a seus leitores que contribuam regularmente para viabilizar a continuidade da empresa.
O número de páginas visualizadas por mês também cresceu, de 790 milhões em março de 2016 para 1,35 bilhão no mesmo mês deste ano.
No último ano,o faturamento da empresa registrou crescimento de 3%, para £ 223 (R$ 1,15 bilhão).
Mais da metade da receita (55%) veio a partir de meios digitais.
As publicações Guardian, Observer e Guardian Weekly mantêm 110 mil assinantes em suas edições impressas.
Em três anos, os custos da companhia caíram 20%. Entre as medidas adotadas estão a redução no quadro de funcionários e mudanças no formato do jornal impresso.