Em tarde vermelha de climão, Letrux fala da prisão de Lula no Lollapalooza

Telão vermelho. Roupa vermelha. Batom vermelho. Unhas vermelhas. Banda vermelha. Luzes vermelhas.

A tarde de climão da carioca Letrux no palco Adidas do Lollapalooza começou cheia da cor quente para “tacar fogo em tudo”, como ela mesma convocou o público a fazer.

O show, um dos melhores nacionais da edição de 2019 —que também se mostrou um dos lineups mais bem-sucedidos em termos de escalação brasileira— foi marcado pela energia de Letícia Novaes e de sua banda, que de fato inflamou o Adidas.

Logo na primeira parte de “Puro Disfarce”, a terceira do show, Letrux interrompeu a música para lembrar um ano da prisão do ex-presidente Lula. “Se unam a mim num grito que vem do cu, que vem do cérebro, que vem do pentelho: fora, Bolsonaro."

Foi só a primeira das várias manifestações da cantora ao longo do show, nenhuma novidade para quem acompanha sua carreira.

Quando chegou a vez de “Que Estrago”, dedicou a música às mulheres (“todas as mulheres mesmo; abaixo a transfobia”) e pediu para o público cantar a letra (“Deda deda dedada, molha mulher molhada”) para a “tia fascista”.

Deitando-se no palco enquanto cantava o refrão de seu maior sucesso, “Ninguém Perguntou por Você”, virando-se de cabeça para baixo, dançando embaixo de uma toalha (vermelha) em “Flerte Revival”, Letrux não economizou na performance ao cantar quase todas músicas de seu primeiro álbum solo, “Letrux em Noite de Climão" (2017), com pegada de rock bem-humorado e oitentista.

Encerrou a apresentação agradecendo o apoio a uma banda nacional e independente, lançando-se ao público em “Noite Estranha, Geral Sentiu”, e levantando uma placa de rua em homenagem à vereadora Marielle Franco “para nunca mais esquecer”.

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