Encontro de Trump com a rainha gera expectativa em torno de protocolos

Quando chegar para um encontro com a rainha Elizabeth 2ª, com quem deve se reunir na tarde de sexta-feira (13) no castelo de Windsor, o comportamento do presidente americano, Donald Trump, estará sendo observado de forma mais atenta de que o normal.

Conhecido por seus apertos de mão longos e firmes, e por cometer gafes e interagir de forma por vezes desajeitada e informal em encontros diplomáticos, Trump será recebido em um evento marcado por etiqueta e formalidades históricas e tradicionais da família real britânica.

Considerando a personalidade do americano, a imprensa local tem discutido a reunião e parece se preparar para mais uma das famosas reportagens sobre “quebras de protocolos” em situações com a família real.

Apesar de a viagem de Trump não ser uma visita de Estado formal, mas uma visita de trabalho, comentaristas têm especulado informalmente sobre uma série de regras a serem seguidas ao encontrar com a rainha. Há quem diga que não se pode tocar em um membro da família real (embora Michelle Obama tenha abraçado Elizabeth 2ª), diz-se que é preciso esperar que a rainha fale primeiro, ou que ela ofereça a mão para um cumprimento, e que um aperto de mão não deve durar muito.

"É um grande mito de que há muitas e muitas regras e formalidades para se encontrar com um rei ou rainha", disse à rede NBC Rupert Wesson, diretor de uma empresa voltada a treinamento e etiqueta no Reino Unido.

Oficialmente, a etiqueta parece ser mais simples do que se pensa. A página oficial da família real britânica explica que não existe um código de comportamento obrigatório para encontros com a rainha, embora muitas pessoas prefiram seguir os costumes históricos.

Pela tradição, explica, os homens costumam fazer uma reverência inclinando apenas a cabeça, e mulheres fazem uma reverência curta. "Outras pessoas preferem simples apertos de mão, da forma comum", diz.

Além disso, a forma correta de se referir à rainha, segundo o site, é "Your Majesty" (vossa majestade) e "ma'am", uma contração formal de "madam".

Antes de se tornar presidente, Trump criticou o ex-presidente Barack Obama por fazer uma longa reverência ao se encontrar com o rei Abdullah, da Arábia Saudita. Em seu próprio encontro com o rei Abdullah, Trump fez questão de apertar sua mão sem baixar a cabeça, embora tenha sido ironizado por, mais tarde, se agachar e baixar a cabeça para receber uma homenagem do rei saudita.

O encontro de Trump com a rainha é um dos pontos de maior polêmica entre a população britânica. Uma pesquisa de opinião divulgada na véspera da chegada dele a Londres indicou que metade dos entrevistados apoiava a visita dele, mas que só 35% eram a favor do encontro com Elizabeth 2ª —enquanto 49% eram contra.

Segundo um levantamento histórico publicado pela revista Time, Elizabeth 2ª se encontrou com dez dos onze presidentes americanos que governaram o país desde que ela foi coroada, em 1952. O único com quem ela não teve uma reunião foi Lyndon B. Johnson, que fez visitas apenas à Ásia durante seu governo.

Source link

« Previous article Promotoria acusa Crivella de improbidade por ferir Estado laico
Next article » China pode usar moeda e atrair empresas americanas para retaliar EUA