Equipes brasileiras na Libertadores gastam R$ 240 milhões em reforços

Os sete clubes brasileiros que disputam a Libertadores investiram cerca de R$ 240 milhões em reforços para tentar recolocar o país como protagonista da competição. O valor não inclui pagamento de luvas e comissões.

A quantia é 150% maior do que foi investido pelos oito times do país que disputaram a fase de grupos do torneio no ano passado. Em 2018, o investimento total foi de R$ 95,8 milhões (em valores corrigidos pela inflação).

Flamengo e Palmeiras foram os clubes que impulsionaram o investimento deste ano. Juntos, eles gastaram R$ 185,6 milhões, valor equivalente a 77% do total.

Além deles, Atlético-MG, Athletico-PR, Cruzeiro, Grêmio e Internacional são os representantes do país na fase de grupos do torneio —o São Paulo já foi eliminado.

O Flamengo, que estreia nesta terça (4) contra o San José, na Bolívia, foi quem mais investiu. O clube gastou R$ 100 milhões na contratação de jogadores para esta temporada.

Deste total, cerca de R$ 55,8 milhões —mais da metade— foram para a aquisição do meia-atacante De Arrascaeta, que estava no Cruzeiro.

Além do camisa 14, chegaram os atacantes ex-Santos Bruno Henrique (R$ 22,8 milhões) e Gabriel (contratado por empréstimo sem custo, mas com salários na casa de R$ 1,2 milhão).

O Flamengo ainda reforçou o setor defensivo com Rodrigo Caio, que custou R$ 21,4 milhões. Ele chegou para suprir a saída de Réver, que se transferiu para o Atlético-MG.

“Temos que copiar o que dá certo. E vamos fazer como o Palmeiras fez ano passado, equilibrando o plantel. Não dá para jogar quarta e domingo, quarta e domingo”, disse Abel Braga, treinador do Flamengo, se referindo às várias opções que tem no elenco.

O clube alviverde também investiu pesado no seu elenco. Foram gastos mais de R$ 85,5 milhões em contratações.

A mais cara foi a do atacante Carlos Eduardo, que estava no Pyramids (EGI) e custou R$ 24,46 milhões. Apesar disso, o jogador ainda não fez jus ao investimento. Pelo menos não tanto quanto Ricardo Goulart, contratado por empréstimo do Guangzhou Evergrande e que, mesmo sem estar totalmente em forma, já marcou dois gols e deu uma assistência em três jogos.

Além dos dois, o clube ainda contratou os atacantes Felipe Pires e Arthur Cabral, o meia-atacante Zé Rafael, e o volante Matheus Fernandes. Também teve de abrir o bolso para ficar com os laterais direitos Mayke e Marcos Rocha, que estavam emprestados e foram adquiridos em definitivo de Cruzeiro e Atlético-MG, respectivamente.

O clube disputa a Libertadores pelo quarto ano consecutivo e estreia nesta quarta (6), às 21h30, contra o Junior Barranquilla, na Colômbia.

Os rivais Cruzeiro e Atlético-MG também investiram pensando na Libertadores, mas em um patamar inferior ao de Palmeiras e Flamengo —rondando os R$ 20 milhões.

O time do técnico Mano Menezes contratou os ex-corintianos Rodriguinho e Marquinhos Gabriel para tentar suprir a perda de De Arrascaeta.

Os dois, somados ao zagueiro Luís Orejuela, ao lateral esquerdo Dodô e ao volante Jadson totalizaram um investimento de R$ 23,6 milhões.

“É uma época de ajustes, trouxemos jogadores novos, estamos buscando esse equilíbrio, mas acho que nosso rendimento é bom. O torcedor pode ficar tranquilo, vamos estar bem na estreia da Libertadores, vamos fazer um grande jogo na Argentina”, disse Mano sobre o duelo contra o Huracán, nesta quinta (7).

Já o Atlético-MG, que chegou à fase de grupos após passar por Danubio e Defensor, do Uruguai, gastou cerca de R$ 20,8 milhões. O valor foi destinado às contratações do volante Jair, do lateral direito Guga e do zagueiro Igor Rabello. A equipe ainda contratou o zagueiro Réver, ex-Flamengo, campeão da Libertadores-2013 com o clube mineiro.

Além disso, chegaram para compor o elenco os atacantes Papagaio e Maicon e o meia Vinicius, todos reservas.

Grêmio, Internacional e Athletico-PR gastaram bem menos que os outros brasileiros. Juntos chegam a cerca de R$ 10 milhões investidos.

Campeão em 2017 e semifinalista em 2018, o Grêmio se reforçou com os atacantes Diego Tardelli e Felipe Vizeu e o meio-campista Montoya, além do volante Rômulo e do goleiro Júlio César. O investimento foi de R$ 5,4 milhões.

Já o Internacional trouxe seis reforços: Tréllez, Rafael Sobis, Neilton e Guilherme Parede, além do volante Rodrigo Lindoso e do lateral Bruno, com gasto de R$ 3 milhões.

O principal reforço, porém, não entra nessa conta. O peruano Paolo Guerrero, contratado no ano passado, estará disponível para estrear a partir da quarta rodada, após cumprir suspensão por doping.

Já o Athletico-PR, mesmo após negociar Pablo com o São Paulo por cerca de R$ 26 milhões, foi o que menos investiu: apenas $ 1,5 milhão.

Três dos reforços são argentinos: os atacantes Braian Romero e Marco Ruben e o meia Tomás Andrade. O time ainda contratou sem custos o meia Léo Cittadini, o lateral Madson, o zagueiro Robson Bambu, além do também jovem atacante Gabriel Poveda.

Mas não foram só os brasileiros que abriram os cofres para se reforçar. Últimos finalistas, os argentinos Boca Juniors e River Plate também investiram pesado.

Os xeneizes gastaram cerca de R$ 61,8 milhões em reforços. O mais caro foi o volante Iván Marcone, ex-Cruz Azul (MEX), contratado por R$ 32,2 milhões para substituir Wilmar Barrios, negociado com o Zenit (RUS).

Já o River, atual campeão da Libertadores, gastou cerca de R$ 31,9 milhões. Parte desse valor (R$ 13,74 milhões) usado na aquisição em definitivo do meia Juan Quintero, que pertencia ao Porto (POR). ​

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