Evangélicos estão mais tristes do que católicos com Brasil, aponta Datafolha
Pesquisa Datafolha desta quinta-feira (25) mostra que as investidas de Fernando Haddad (PT) em igrejas evangélicas não lhe renderam muitos frutos, mas o ajudaram, no mínimo, a estancar o crescimento do rival no segmento.
Se, no quadro geral, a diferença entre ele e seu adversário na disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), caiu seis pontos, o desempenho do petista entre evangélicos oscilou positivamente, sim, mas dentro da margem de erro: registrou 31% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), contra 29% verificados na semana passada.
Já o capitão reformado foi de 71% para 69% entre essa parcela do eleitorado.
A performance de Bolsonaro no maior grupo religioso do país, o católico, encolheu de 54% (quanto tinha no levantamento divulgado no último dia 18) para 51%, enquanto Haddad subiu de 46% para 49%.
Aí já fica fora da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades na sondagem, encomendada pela Folha e pela TV Globo e realizada na quarta (24) e na quinta (25).
Evangélicos se dizem mais tristes do que católicos quando são instados a responder: "Quando você pensa no Brasil de hoje em dia, você se sente...". Na média de todas as religiões, 74% se diz entristecido; o índice sobe para 76% entre evangélicos e cai para 72% com seguidores do papa Francisco.
Estão mais tranquilos ou com raiva? Nesse caso, ambos os grupos se assemelham ao quadro geral, de 59% do eleitorado que se declara enraivecido com o estado atual do país.
Católicos (56%) e evangélicos (30%), que formam um bloco de 86% dos entrevistados.
Os demais grupos religiosos representam uma parcela menor da população e, portanto, a amostra obtida pelo levantamento não é suficiente para extrair um percentual para cada um desses segmentos separadamente.