Ex-aliados, candidatos no RS tentam ressaltar diferenças no segundo turno

A disputa pelo governo do Rio Grande do Sul reúne duas candidaturas que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, que eram aliadas até o início do ano e que defendem propostas parecidas de privatização e renegociação de dívidas.

Nos debates da segunda fase da campanha, José Ivo Sartori (MDB), que busca a reeleição, e Eduardo Leite (PSDB) tentam marcar posição com divergências em questões pontuais do estado, como a concessão de rodovias e a realização de um plebiscito para a venda de estatais.

 

Sartori afirma que o adversário se uniu ao PT para barrar a privatização de empresas públicas, como uma companhia de mineração.

Leite tem questionado a falta de iniciativa do atual governador, enquanto o emedebista argumenta que há desconhecimento do adversário sobre a real situação das finanças. O estado foi um dos mais afetados pela crise fiscal desde 2015.

"Não podemos recomeçar tudo do zero, pegamos um estado de joelhos”, costuma dizer o emedebista.
No primeiro turno, Sartori  fez 31,1% dos votos válidos, ante 35,9% do tucano.

Na primeira pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feira (19), Leite apareceu com expressiva vantagem: 59% a 41% nos votos válidos.

Até agora, porém, foi Sartori quem recebeu apoios mais expressivos: do PSL, do DEM e do quarto colocado na eleição, Jairo Jorge (PDT). O PT, que ficou em terceiro, não apoia nenhum dos dois finalistas.

Sartori tenta quebrar um tabu: o Rio Grande do Sul nunca reelegeu um governador desde que a possibilidade foi instituída no país, em 1997.

Eleição do Rio Grande do Sul no 1º turno

35,9%
Eduardo Leite (PSDB)

31,1%
José Ivo Sartori (MDB)

17,8%
Miguel Rossetto (PT)

*em votos válidos

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