Ex-presidente voltou a ser preso | Juíza autoriza transferência de Temer para unidade da PM em São Paulo
A juíza federal Caroline Figueiredo autorizou a transferência do ex-presidente Michel Temer (MDB) para o Comando de Policiamento de Choque da PM (Polícia Militar) de São Paulo. Atualmente, Temer encontra-se detido na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital paulista. Ele se entregou na última quinta-feira (9). Amanhã, o STJ julga um recurso do ex-presidente para que ele seja solto.
Na PM, Temer deverá ficar preso em uma sala de Estado Maior. A defesa de Temer havia feito o pedido para que seu cliente fosse levado para a PM. A juíza substitui o magistrado Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal no Rio, que está em férias.
A PF será responsável por transferir Temer para o novo local de custódia. Ela deverá "adotar as cautelas necessárias a fim de assegurar a integridade física do custodiado, bem como evitar exposições desnecessárias de sua imagem", segundo despacho da magistrada. A transferência deverá ser por viatura descaracterizada.
Em contato com a reportagem, a PF disse que não serão passadas informações sobre quando irá acontecer a transferência por questões de segurança.
Segundo a magistrada, no prédio da PM, a custódia "será cumprida de forma mais conveniente" porque o local "já possui instalações adequadas para o seu recebimento".
Sala improvisada
A PF já havia relatado que não tinha condições de ter a custódia do ex-presidente. O delegado regional executivo da PF paulista, Luiz Roberto Godoy, havia dito que não havia conseguido "sala com as condições adequadas para o receber o preso Michel Miguel Elias Temer Lulia" e pediu sua transferência imediata.
Na PF, Temer ficou em uma sala improvisada no 9º andar do prédio. Originalmente, o local é usado para reuniões, e não possui banheiro privativo.
Já o comandante da PM paulista, Alexandre Gasparian, disse, em ofício à 7ª Vara, que tinha condições de receber Temer. Ele não passou detalhes à 7ª Vara sobre como é a sala em que ficará o ex-presidente.
O ex-presidente é acusado pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de participação em um esquema de corrupção envolvendo a Eletronuclear e a usina de Angra 3. Sobre essa investigação, ele é réu em dois processos na 7ª Vara no Rio.
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UOL Notícias