Exército de Israel vai investigar mortes de dois adolescentes palestinos

O exército de Israel afirmou nesta terça-feira (21) que vai abrir uma investigação criminal para apurar dois incidentes nos quais suas tropas mataram a tiros adolescentes palestinos que participavam de protestos na faixa de Gaza.

O inquérito sobre a morte de Abed Nabi, 18, em 30 de março, e Othman Helles, 15, em 13 de julho é o primeiro anunciado pelos militares em relação ao uso de força letal nas manifestações na fronteira, que começaram cinco meses atrás.

O exército israelense afirma que apurações iniciais sobre os dois casos levantaram “uma suspeita de que os tiros nesses incidentes não estavam de acordo com procedimentos operacionais padrão”.

Ao menos 170 palestinos foram mortos por soldados israelenses durante os protestos semanais, o que gerou uma onda de críticas internacionais a Israel. Um soldado israelense foi morto por um atirador de Gaza.

Os protestos incluíram tentativas de destruir a cerca de segurança que existe ao longo da fronteira.

Autoridades palestinas não comentaram imediatamente a medida. O pai de Nabi, Bahjat, disse que o soldado que atirou em seu filho deve ser julgado. "Peço justiça e para que julguem o soldado que atirou em meu filho. Ele levou um tiro nas costas, eu peço compensação psicológica e financeira pelo que estamos passando", disse ele.

Um vídeo postado nas redes sociais após a morte de 30 de março mostra um palestino, identificado por organizadores do protesto como Nabi, caindo no chão depois de correr, segurando um pneu. Organizadores do protesto dizem que ele levou um tiro pelas costas de forças israelenses.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que Helles foi atingido por um tiro no peito.

Israel acusa o grupo terrorista Hamas de usar os protestos para acobertar ataques, o que o Hamas nega.

As manifestações pedem o fim do bloqueio de Gaza por Israel e Egito e a volta de palestinos a territórios ocupados por eles antes da guerra de 1948.​

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