Fazenda de São Paulo e setor de material construção vivem impasse
A indústria paulista de material de construção e a Secretaria da Fazenda de São Paulo vivem um impasse em relação ao cálculo do imposto de circulação de mercadorias.
Na sexta (22), o setor se reuniu com o secretário Henrique Meirelles, mas não se chegou a uma conclusão.
O segmento paga o ICMS de toda a cadeia na primeira etapa de vendas, para simplificar a cobrança —é a chamada substituição tributária.
A Fazenda precisa saber, de antemão, as margens de preços que cada revendedor coloca —do produtor até o cliente. Esses valores são o cerne da discussão.
Pelas regras, produtores e vendedores são obrigados a contratar uma entidade para pesquisar os números.
Na última pesquisa, de 2014, os valores variavam em uma faixa de 32% a 75%. A indústria deveria ter apresentado novo levantamento em julho de 2018, mas não o fez, alegando o alto custo da pesquisa.
As associações querem manter os números de 2014, sob o argumento de que a crise fez que as margens permanecessem semelhantes.
A Fazenda não aceitou e determinou que o sobrepreço será de 75% para todos os produtos até que um novo levantamento seja aprovado.
A FGV foi contratada pela Fiesp para o trabalho, que ainda não foi concluído.
O imposto pode desacelerar o setor em um momento que seria de retomada, e, segundo o presidente de uma entidade, discute-se entrar com ação judicial para rever os valores durante o tempo de vigência do atual cálculo.
Representantes da Fazenda afirmam que a indústria teve anos para apresentar os dados e não o fez. Pelas notas fiscais, perceberam alta de vendas, e refutam a ideia de que o imposto trava o setor.
Afirmam que as margens são maiores que as praticadas em 2014 e, por fim, que de fato aguardam ações judiciais.
Boleia urbana
A transportadora Braspress vai investir ao menos R$ 80 milhões neste ano na renovação parcial de sua frota, melhorias em infraestrutura e tecnologia.
A maior parte do recurso será aplicada na troca de cerca de 80 de seus 2.030 caminhões, segundo o diretor administrativo, Giuseppe Coimbra.
“Trocaremos parte dos veículos que rodam em perímetro urbano e já têm mais de três anos, porque eles saem da garantia e o custo de manutenção sobe”, diz.
A marca também deverá iniciar operações domésticas no Chile, no Paraguai e no Uruguai em 2019.
A Braspress quer ainda expandir sua unidade em Campinas (SP), dos atuais 30 mil m² para um espaço de 80 mil m². A companhia estima alta de 20% na receita deste ano.
R$ 1,2 bilhão
foi o faturamento em 2018
Mais diverso que eu?
Funcionários de empresas brasileiras são os que mais dizem trabalhar em um ambiente diverso, de acordo com a multinacional de recrutamento Egon Zehnder, que ouviu 2.500 pessoas em 7 países.
É um nível superior ao de países desenvolvidos como Alemanha e Reino Unido, o que pode indicar que, em outros locais, há uma exigência maior em relação à diversidade, segundo a consultoria.
“O mercado de trabalho no Brasil se tornou plural do ponto de vista de idade, mas pouco do racial ou de gênero”, diz Luis Giolo, executivo à frente da consultoria no país.
Há uma diferença grande entre profissionais no início de carreira e os executivos de alto escalão, afirma.
“Vemos processos seletivos para trainee em que mais da metade dos contratados são mulheres, mas apenas 4% a 6% estão na posição de diretora-executiva.”
Expectativa de quem chefia o caixa
Passada a eleição, a demanda do mercado interno é a maior preocupação de diretores financeiros, segundo índice do Ibef e da Saint Paul Escola de Negócios.
O motivo foi citado por 27% dos cerca de cem executivos que participam da pesquisa.
O índice de confiança dos executivos em relação aos próximos 12 meses voltou a crescer no quarto trimestre de 2018. Subiu 6,7% em relação ao período anterior, após duas quedas consecutivas.
Ao todo, 71% dos empresários disseram ter ficado mais otimistas com o resultado das eleições do ano passado.
Deixa... Dois terços das empresas não envolvem funcionários da área de TI ao adquirir novas tecnologias, segundo a The Economist Intelligence Unit e a BMC, de produtos digitais.
...com a gente A justificativa citada por cerca de 37% dos entrevistados é a lentidão dos processos de compra conduzidos pelo setor de tecnologia.
Do zero O grupo de vestuário infantil Kyly vai investir R$ 15 milhões para produzir os fios de algodão utilizados em suas roupas —atualmente, o processo começa na tecelagem.
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas