Google rastreia localização mesmo quando usuários desativam o serviço, diz estudo
Os serviços de smartphone do Google armazenam a localização dos usuários mesmo quando as configurações de privacidade são ajustadas para desativar esses recursos, de acordo com um novo estudo da Associated Press (AP).
Embora a empresa peça permissão para os usuários compartilharem informações de localização em seus aplicativos, ela não interrompe os serviços de rastreamento quando os usuários pausam o Histórico de Localização, de acordo com o estudo da AP.
O Google Maps, por exemplo, coleta informações quando um usuário abre o aplicativo, e as atualizações automáticas diárias de previsão do tempo em smartphones que rodam o sistema Android fornecem uma localização aproximada do usuário.
Pesquisadores de ciência da computação da Universidade de Princeton confirmaram as descobertas da Associated Press.
A mensagem oficial do Google é promoção dda autonomia do usuário na hora de decidir quais informações compartilhar: "Você pode desativar o Histórico de Localização a qualquer momento".
"Com o Histórico de Localização desativado, os lugares não são mais armazenados", diz a página de privacidade da empresa.
Segundo a AP, isso não é verdade. Mesmo pausando o Histórico de Localização, alguns aplicativos do Google armazenam automaticamente os dados de localização com registros de data e hora sem permissão.
Em um comunicado à AP, o Google afirmou que fornece "descrições claras dessas ferramentas, além de controles robustos para que as pessoas possam ativá-las ou desativá-las e excluir seus históricos a qualquer momento".
O Google não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários da Bloomberg.
A gigante dos mecanismos de busca, de propriedade da Alphabet Inc., obtém receita significativa por meio da publicidade, que é reforçada por dados gerados por usuários que fornecem informações úteis para os anunciantes, como as métricas de tráfego.
O Google informou recentemente que seu negócio de publicidade cresceu 24% no segundo trimestre, elevando a receita total da Alphabet menos os pagamentos de parceiros para US$ 26,24 bilhões.
O CEO do Google, Sundar Pichai, disse recentemente que a empresa está explorando novas maneiras de colocar conteúdo e anúncios promovidos em seus serviços de mapas.