Governo Bolsonaro é inimigo da educação
O governo Jair Bolsonaro (PSL) tem, sim, um projeto para a educação: o de acabar com o ensino público.
Desde que assumiu o seu mandato, o resultado para a área é terrível e ameaçador. Enquanto acena em declarações para a retirada da autonomia das universidades, ao dizer que interviria na escolha de reitores, Bolsonaro ataca o ambiente das instituições e minimiza a importância da academia para a sociedade, atitudes refletidas na fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao dizer que na universidade só existe “balbúrdia”.
Sem pensar no futuro do país, o atual presidente corta 30% do orçamento das universidades federais e ainda usa de chantagem quando ameaça liberar os recursos somente se a "reforma" da Previdência for aprovada.
A resposta ao seu projeto tomou as ruas, as aulas e as redes nas últimas semanas, mostrando a força de mobilização que estudantes, professores e funcionários da educação têm para defender o país, já demonstrada em outros períodos da nossa história recente.
Não aceitamos que a educação seja tratada como gasto, quando na verdade ela é investimento e garantia de futuro. Em 2014, quando o Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado no Congresso Nacional em uma ampla articulação civil, teríamos como garantia a destinação de 10% do PIB nacional para todos os níveis de ensino. Isso criaria um pilar para a soberania nacional.
O projeto Bolsonaro, cada vez mais, distancia-se da raiz do PNE. Sua equipe sequer pensa em colocar ministros preocupados em cumprir as 20 metas do plano, aprovadas e previstas por lei.
As universidades brasileiras são essenciais para a formação de cidadãos, para o desenvolvimento científico e tecnológico do país e para a geração de empregos. Elas movimentam a economia das cidades onde estão instaladas, além de serem responsáveis pelo funcionamento de hospitais e projetos sociais que prestam atendimento à sociedade.
A existência dessas instituições e a manutenção de suas atividades são colocadas em risco com o anúncio dos cortes, que já estão em curso. Nesta quarta-feira (15), a resposta dos estudantes será sentida nas ruas.
O "tsunami” citado por Bolsonaro está chegando!