Governo sul-coreano diz que EUA e Coreia do Norte voltam a conversar no dia 17
O governo da Coreia do Sul anunciou neste domingo (10) que representantes de EUA e Coreia do Norte terão novas conversas em 17 de fevereiro.
O objetivo da reunião é preparar o segundo encontro entre o presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong-un, marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro na cidade de Hanói, no Vietnã.
No sábado (9), o enviado dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, havia antecipado que ainda é preciso acertar alguns detalhes para preparar a próxima cúpula, após uma viagem de três dias a Pyongyang.
"A Coreia do Norte e os EUA decidiram continuar as negociações em um terceiro país da Ásia durante a semana [que começa] em 17 de fevereiro", disse à imprensa o porta-voz da presidência da Coreia do Sul, Kim Eui-kyeom.
Biegun se reuniu de quarta a sexta-feira da última semana com o norte-coreano Kim Hyok-chol para tentar avançar nas negociações. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, os temas tratados foram "uma desnuclearização completa, a transformação das relações entre EUA e Coreia do Norte e a implantação de uma paz duradoura na península coreana".
Em sua primeira reunião, em junho de 2018 em Cingapura, Kim e Trump assinaram vaga declaração a favor da "desnuclearização da península coreana". Desde então, não houve avanços sobre este compromisso entre as partes.
Tropas
Além do anúncio do encontro preparatório, a Coreia do Sul anunciou que aceita aumentar em 10% sua participação nos custos das tropas dos EUA em seu território.
A questão foi alvo de críticas do presidente Donald Trump, que se queixava dos altos custos para manter cerca de 28 mil soldados no país asiático.
Desde a Guerra da Coreia (1950-1953), os americanos mantêm tropas para a proteção do país.
De acordo com a imprensa sul-coreano, o governo de Washington pedia a Seul que duplicasse sua contribuição para arcar com o pagamento das tropas.
De acordo com o anúncio, o governo sul-coreano empenhará 816 milhões de euros (cerca de R$ 3,44 billhões).
Espera-se que, como a Guerra da Coreia terminou sem um armistício de paz, que as negociações entre EUA e Coreia do Norte possam levar à assinatura de um tratado de paz na península coreana.