Guaidó pede que países mantenham 'todas as opções sobre a mesa' para lidar com crise na Venezuela
O líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, pediu à comunidade internacional que “mantenha todas as cartas sobre a mesa” ao se referir às opções para resolver a crise em seu país, em discurso na noite deste sábado (23) na Colômbia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há algumas semanas que "todas as opções estão sobre a mesa", o que inclui uma ação militar para a forçar a saída do ditador Nicolás Maduro do poder.
Guaidó também anunciou que irá se reunir na segunda-feira (25) com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, para discutir “possíveis ações diplomáticas e ações de cooperação”. O discurso foi feito ao lado do presidente da Colômbia, Iván Duque.
O encontro será em Bogotá, no âmbito de uma reunião do Grupo de Lima, que busca formas de ajudar a Venezuela a restaurar a democracia. O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, representará o país no evento.
Em seu discurso, Guaidó acusou o regime Maduro pelo incêndio de caminhões com ajuda humanitária em uma ponte entre Colômbia e Venezuela neste sábado.
"Mandaram queimar a comida necessária para o povo. Senhores da Forças Armadas, vocês não devem lealdade a quem queima comida na frente de famintos. Nós vimos que queimaram remédios à frente de enfermos", disse. O governo Maduro negou ter culpa no incêndio.
Em uma demonstração de força, o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, impediu neste sábado (23) a entrada de toneladas de alimentos, remédios e itens de primeira necessidade enviados pelos EUA pelas fronteiras de Brasil e Colômbia.
Confrontos ocorreram nas fronteiras com os dois países, quando caminhões e manifestantes tentaram romper os bloqueios militares para fazer entrar a ajuda humanitária. Segundo Bogotá, os distúrbios deixaram 285 feridos, sendo 255 venezuelanos e 30 colombianos.