Haddad diz que muda a Previdência para servidores públicos em 2019

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (11) que deverá cuidar, no primeiro ano de um eventual governo, de uma reforma da Previdência no setor público.

Em entrevista à Band, ele afirmou que pretende negociar com os servidores públicos para mostrar que a Previdência de alguns estados quebrou e é necessário mudar para manter o sistema em ordem.

“No primeiro ano, nós vamos só mexer no regime público e depois nós vamos propor a convergência dos dois regimes para um só, e aí vamos discutir todas as variáveis do modelo”, afirmou 
o candidato.

Haddad disse ainda que o Banco Central em seu governo terá como tarefa, além de controlar a inflação, realizar uma reforma bancária.

O objetivo, segundo ele, é garantir que os juros sejam menores que os lucros dos empresários.

O programa do PT propõe uma reforma bancária em que haverá uma taxação sobre os bancos para estimular a redução do chamado spread bancário —diferença entre o juro pago quando os bancos captam os recursos e o juro cobrado dos clientes nos empréstimos.

“Não vai dar para só trabalhar a questão de redução da inflação com juros ao consumidor e ao empresário nesse nível”, disse Haddad.

Questionado sobre quem seria o presidente do BC, Haddad admitiu que poderia ser alguém do setor bancário ou alguém do mercado financeiro.

“Alguém que entende de banco [será o presidente do BC], pode [ser alguém do mercado], para controlar a inflação e reduzir os juros para o tomador”, disse.

Ainda nesta quinta, em entrevista à rádio CBN, Haddad disse que o empresário Josué Gomes da Silva seria “um grande nome” e que teria perfil para ocupar o Ministério da Fazenda.

Josué é filho do ex-vice-presidente da República José Alencar nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Josué foi citado por um entrevistador.

“O nosso ministro da Fazenda será um economista ou um empresário. Você citou um [Gomes] que é um grande nome, que foi cotado para ser vice na nossa chapa, que tem todas as condições, de perfil, e sensibilidade social”, disse Haddad.

Na entrevista, o petista voltou a dizer que, se eleito, não nomeará um banqueiro para comandar a pasta e criticou o economista Paulo Guedes, escolhido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, para um eventual governo.

O petista disse que Guedes não entende de geração de empregos, mas de ganhar dinheiro “especulando no mercado financeiro”.

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