Instituições financeiras querem usar supermercados como caixa eletrônico
Instituições financeiras sem as próprias redes de caixas eletrônicos têm procurado supermercados para fechar acordos que deem aos clientes acesso a dinheiro vivo nos pontos de venda.
Tanto startups como empresas de finanças mais estabelecidas se movimentam para concluir negócios nesses moldes, segundo o executivo de uma entidade de varejistas.
Para tirar das lojas o dinheiro que recebem em papel moeda, os supermercados precisam pagar às empresas de carro-forte uma porcentagem que varia entre 0,5% e 1% do montante, de acordo com ele.
O maior empecilho para as redes é que as pessoas que poderão ir às suas lojas para sacar dinheiro podem fazer as filas nos pontos de pagamento fluírem menos.
A tendência é que, para tentar acelerar a transação, os clientes das instituições financeiras façam a transação com a ajuda do smartphone, segundo um advogado especializado no setor financeiro.
O consumidor só apresentaria um código ao funcionário do supermercado.
A Acesso, empresa de cartões desvinculados de contas-correntes, fechou um acordo com a Caixa para que seus clientes possam fazer saques nas loterias, segundo o diretor-executivo Davi Holanda.
“As lotéricas vão possibilitar um incremento de cerca de 13 mil novos pontos onde os clientes poderão sacar”, diz ele.
A empresa investirá R$ 30 milhões neste ano em tecnologia e novos produtos, mas também está no horizonte a aquisição de duas empresas.
Cobrança de IR sobre doações ao exterior pode ser judicializada
A decisão da Receita de cobrar até 25% de Imposto de Renda sobre doações ou heranças enviadas ao exterior, tomada no fim de 2018, pode ser considerada irregular, segundo advogados ouvidos pela coluna.
“A mudança ocorreu por meio de um decreto administrativo que não tem força de lei, era para ser um compilado de normas. Se a legislação não mudou, não pode haver novo entendimento”, diz Rafael Vega, sócio do Cascione.
“Pela Constituição, são os estados que têm a competência para tributar doações e heranças, e não a União”, afirma Daniel Zugman, professor da FGV Direito.
“O contribuinte tem pagado dois impostos distintos sobre o mesmo fato. O recurso deve ser entendido ou como renda ou como transferência patrimonial. São categorias excludentes”, diz Carolos Eduardo Orsolon, do Demarest.
A interpretação do fisco tem levado famílias de classe A a estudar a repatriação de membros na hora de transferir os recursos, segundo Vega. A opção só tem sido vantajosa em casos de heranças, de acordo com Orsolon.
Envio de doações e heranças ao exterior
Como era:
Não incidia IR Pagava um imposto estadual (o ITCMD), que varia entre 1% e 8%, a depender do estadoComo ficou:
Pagamento de IR: alíquotas de 15% e 25%, a depender do país de destino dos recursos Mantida cobrança de ITCMD
Crescimento cadenciado
A venda de medicamentos por distribuidoras que atendem farmácias independentes subiu 8,3% em 2018, segundo a consultoria Iqvia, que audita o setor, e a Abradilan, associação que representa as empresas.
O ritmo de expansão variou pouco ao longo do último ano, de acordo com Cristina Amorim, diretora-executiva da entidade.
“É um segmento sem muitas oscilações devido à sua natureza. Os medicamentos são produtos essenciais, então seguimos otimistas para 2019.”
A Abradilan ainda não fez projeções de crescimento para este ano, mas alguns dos fatores que mais costumam surpreender as previsões parecem estáveis, segundo Amorim.
“O teto de reajuste [do preço dos remédios] ficou dentro do esperado, em 4,5%, e todos trabalham com o dólar entre R$ 3,70 e R$ 3,80”, diz ela.
Estratégia diversificada
A Avianca Brasil, em recuperação judicial desde dezembro de 2018, tentará derrubar no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a aprovação dada pelo órgão à sociedade entre Correios e a Azul.
A aérea apresentará embargos à autarquia e tentará reverter votos de conselheiros, de acordo com uma pessoa que conhece os processos administrativos.
Em paralelo, a empresa pedirá para ser terceira interessada em ação no TCU contra a nova marca.
Franquia financeira
O grupo financeiro SRM vai investir de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões neste ano em sua mais recente operação, a Trust, que fornece serviços como antecipação de recebíveis e empréstimos para pequenas e médias empresas.
A fintech, que existe há um ano e meio, começará agora a comercializar franquias, de acordo com o diretor-executivo Marcos Mansur.
O principal objetivo da empresa é atrair ex-gerentes de banco e pessoas que já possuem uma carteira de clientes para trabalhar como assessores financeiros dentro da plataforma da Trust.
“É um produto que tem maior aderência fora das grandes metrópoles, principalmente em cidades com poucas opções bancárias”, afirma o executivo.
O objetivo é ter cerca de 200 franqueados até dezembro. Quarenta contratos foram assinados antes do lançamento, previsto para março, segundo Mansur.
Leão A Sovos, desenvolvedora de tecnologia para auxiliar contribuintes a pagar impostos, abrirá escritório em Barueri (SP) com cerca de 150 contratados. A empresa investe R$ 15 milhões na operação brasileira.
Fitness A Smart Fit, academia de baixo custo do grupo Bio Ritmo, escolheu a cidade de Capilla del Señor, a cerca de 80 km de Buenos Aires, para abrir sua primeira unidade na Argentina. A marca tem mais de 600 unidades em sete países.
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas