Inteligência dos EUA monitorou jornalistas que seguiram caravana de migrantes

O governo dos Estados Unidos criou uma lista negra de jornalistas e ativistas com ligações à caravana de imigrantes da América Central que tentou entrar no país em 2018.

Segundo documentos obtidos pela emissora de TV americana NBC San Diego, a ILU (sigla em inglês para Unidade de Cooperação Internacional), um órgão que coordena o compartilhamento de inteligência entre autoridades mexicanas e americanas, criou dossiês sobre dez jornalistas —sete deles são cidadãos americanos, assim como um advogado que também foi monitorado.

Um grupo de ativistas que atuam em questões migratórias também foi incluído na lista.

Esses profissionais eram submetidos a inspeções extras pelas autoridades de fronteira, nas quais eram interrogados; fotos e documentos carregados por eles eram vistoriados. 

Pelo menos uma das pessoas listadas foi barrada de entrar no México sem justificativa. Outras tiveram alertas associados a seus passaportes, dificultando a entrada e saída dos EUA. 

Os documentos foram produzidos pelo Departamento de Homeland Security em meados de janeiro e enviados à emissora por um funcionário. 

Os dossiês tinham fotos, datas de nascimento, descrições do trabalho realizado pelos monitorados e informações sobre detenções e interrogações anteriores. 

Em dezembro de 2018 e janeiro deste ano, a imprensa americana publicou diversos relatos de jornalistas e ativistas sobre dificuldades impostas por autoridades americanas e mexicanas a seu trabalho, mas até o momento não havia comprovação oficial de uma operação organizada do governo americano nesse sentido. 

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