Interiorização negligencia venezuelanos que chegam a Manaus

Com foco em Roraima, a Operação Acolhida negligencia um grupo importante: os imigrantes espontâneos que desembarcam em Manaus.

Dezenas de venezuelanos chegam à capital amazonense todos os dias, mas não há a Operação Acolhida para fazer a recepção.

A tarefa cabe principalmente à Cáritas Arquidiocesana de Manaus, em parceria com o Acnur. 

Em fevereiro e março, a entidade registrou um aumento de 350% em relação a esse período no ano passado, mesmo com a fronteira fechada há mais de um mês. Já foram cerca de 3.000 venezuelanos neste ano. 

Até a semana passada, havia cerca de 400 venezuelanos acampados na rodoviária. A prefeitura levou a maioria deles para abrigos, mas cerca de 50 ficaram para trás. 

Para a coordenadora do atendimento da Cáritas, Janaina Paiva, Manaus deveria ser incluída na Operação Acolhida.

“Muitos estão em situação de rua, e não temos abrigos suficientes. A ação da Cáritas é mínima se olharmos a quantidade de gente que entra.” 

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