Jovem morre em protesto anti-Maduro de 1° de Maio na Venezuela
Uma mulher de 27 anos morreu nesta quarta-feira após ser atingida por uma bala durante os protestos de 1º de Maio em Caracas, na Venezuela.
Jurubith Betzabeth Rausseo Garcia foi socorrida e levada para a clínica El Ávila, mas morreu na sala de operações.
Esta é a segunda morte confirmada desde o início do movimento para depor o ditador Nicolás Maduro. Samuel Méndez, 24, morreu na terça (30/4) após participar de protestos no estado de Aragua.
Jurubith participou da manifestação ocorrida na praça Altamira, principal ponto de concentração da oposição em Caracas e palco de confrontos. O local também teve protestos na terça.
Nos dois dias, forças de segurança leais ao ditador Nicolás Maduro reprimiram os atos com bombas de gás lacrimogêneo e caminhões de água.
O líder da oposição e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, lamentou a morte da jovem em uma rede social. "Isto tem que parar", escreveu.
Nesta quarta, ao menos 78 pessoas ficaram feridas na Venezuela em decorrência dos confrontos entre manifestantes contrários ao ditador Nicolás Maduro e as forças leais ao regime, informou a Assembleia Nacional (de maioria opositora).
Segundo a deputada Manuela Bolívar, 89 manifestantes foram detidos pelo regime em todo o país. Na terça, outras 150 pessoas tinham sido presas.
Ainda de acordo com a parlamentar, protestos ocorreram em 397 pontos no país e as forças do regime reprimiram 23 desses atos.
Entre os 78 feridos, há três jornalistas.
Eles foram levados a uma clínica particular em Caracas, mas não há detalhes do que aconteceu.
O trio também estava na praça Altamira e participava da cobertura da manifestação da oposição quando agentes da Guarda Nacional Bolivariana começaram a reprimir o ato.
São eles Juan Carlos Neira (ferido na cabeça e em observação), Gregory Jaimes (ferido por um morteiro no rosto e em condição mais grave) e Rubén Brito (que levou uma bala de borracha no braço).
Na terça, foram registrados 109 feridos e 83 detidos, segundo as ONG de direitos humanos OVCS e Foro Penal.
O regime Maduro não divulga números oficiais de feridos ou detidos nos atos.