Juan Guaidó rebate acusação e diz que aumentará pressão das ruas sobre Maduro
O opositor venezuelano, Juan Guaidó, afirmou neste domingo (24) que aumentará a pressão nas ruas contra o governo do ditador Nicolás Maduro e que não se deixará distrair por montagens.
"Eles não nos distrairão com montagens [sobre a acusação de que montou um plano para matar Maduro]. Nossos apoiadores nos disseram claramente: 'Não parem'", disse Guaidó, que é chefe do Parlamento e é reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por mais de 50 países.
No sábado (23), Maduro acusou o líder legislativo, que ele descreve como "fantoche" dos EUA, de ter planejado, sem sucesso, assassiná-lo. "O boneco diabólico acabou de desmantelar um plano, que ele mesmo dirigiu, para me matar", afirmou o ditador, em Caracas.
Segundo Maduro, o partido de Guaidó, o Vontade Popular, contratou "bandidos" em El Salvador, Guatemala e Honduras, que foram treinados na Colômbia, para cometerem "assassinatos seletivos" e "sabotagem" aos serviços públicos na Venezuela.
Um dos aliados de Guaidó, Roberto Marrero foi preso na quinta-feira por agentes do governo.
Neste domingo (24), além de rebater as acusações de Maduro, Guaidó, em uma rede social, pediu aos seus partidários que se preparem para "a fase máxima de pressão" em sua luta contra o governo.
Ele ainda disse que convocará para os próximos dias uma manifestação nacional, que irá rumo ao palácio de Miraflores, sede do governo.
Mais uma vez pedindo que as Forças Armadas da Venezuela deixem de apoiar Maduro, o opositor pediu aos militares que "se unam ao clamor do povo venezuelano" e exijam ao fim da "usurpação".