Laboratório negocia teto de gasto para que SUS adote remédio que trata doença rara

A farmacêutica Biogen propôs ao Ministério da Saúde um teto de gastos na compra do medicamento Spinraza, usado no tratamento da atrofia muscular espinhal, caso o remédio seja incorporado ao SUS. A doença é rara e degenerativa.

A companhia estima na proposta a quantidade de pacientes que tomariam a substância e garante que o governo pagaria somente doses dentro da projeção. O custo de cada ampola é de R$ 250 mil.

“Cerca de 1.400 pessoas têm a doença no Brasil. Dessas, entre 800 e 850 podem receber o tratamento. Estimamos que 300 comecem a tomar o Spinraza no primeiro ano. Se houver mais, custearemos o remédio ao número excedente”, diz André Liamas, diretor da Biogen.

Se o total de pacientes for menor que a projeção, o valor cobrado será por unidade.

“O modelo de compartilhamento de riscos existe em outros países e pode ser usado aqui”, diz o CEO da marca no Brasil, Christiano Silva.

O documento, enviado em março ao governo, aguarda a realização de uma consulta pública por 20 dias. A Biogen espera que essa etapa seja iniciada em agosto.

O Ministério da Saúde afirmou a droga é “uma das mais caras do mundo” e que sua análise se baseia em “eficácia, efetividade e custo-benefício.”

O medicamento é fornecido pelo SUS hoje a cerca de 100 pacientes, que venceram ações na Justiça para obter as doses.

“A negociação com o governo é comercial, leva em conta o custo do remédio. O modelo [de teto] pode ser uma alternativa para incorporar drogas caras”, diz Marco Antonio Torronteguy, sócio do TozziniFreire.

“Essa proposta é possível quando o laboratório oferece a única opção de tratamento, caso contrário, após a incorporação há licitação”, diz Renata Fialho, sócia do Veirano.

Adoção de medicamento pode durar mais de um ano

Processo de avaliação
180 dias, prorrogáveis por mais 90

Disponibilização no SUS
180 dias

Conitec (órgão do Min. da Saúde) recebe pedido e analisa os estudos apresentados; se julgar necessário, pede mais evidências. Entidade faz recomendação para adotar ou não o remédio O parecer é submetido à consulta pública e, depois, passa por ratificação do Conitec Pode haver audiência pública, mas não é obrigatória; e a adoção do medicamento pelo SUS é publicada no Diário Oficial 

 

Estoque de pinga

A marca de cachaças Pitú vai investir R$ 16,2 milhões neste ano em sua fábrica, localizada em Vitória de Santo Antão (PE).

A maior parte do aporte será destinada à compra e à instalação de tanques para o armazenamento da bebida.

“Nossa safra é sazonal e começa agora em setembro. Com os recipientes novos, que armazenam até 7 milhões de litros cada, vamos melhorar nosso estoque”, afirma Maria das Vitórias Cavalcanti, sócia-diretora.

A companhia também adquiriu, por R$ 1,2 milhão, uma caldeira que esquentará a água usada para lavar as garrafas e para preparar xarope de açúcar.

A previsão é que os equipamentos sejam instalados até o mês de setembro.

A marca, que envasa 95 milhões de litros por ano, reduziu sua projeção de crescimento para este ano de 8% para cerca de 3%.

“Os negócios estão estáveis principalmente por conta do mercado interno.”

 

Crescimento conjunto

Julho foi o melhor mês para os hotéis neste ano, segundo o Fohb (fórum que reúne as redes do setor).

Todos os indicadores de desempenho cresceram em relação ao mesmo mês de 2017, inclusive a taxa de ocupação, que aumentou 5,2%, e a diária média cobrada, que subiu 3,4%. 

“Os resultados têm ficado positivos desde fevereiro, mas isso não se repetia regionalmente. Foi a primeira vez nos últimos anos em que houve alta em todas as regiões do país”, afirma Orlando de Souza, presidente-executivo da entidade.

Ao se analisar os municípios, a maior parte deles também teve uma melhora generalizada. As exceções foram Rio de Janeiro, Campinas e Porto Alegre, que seguem com queda nos preços devido ao excesso de oferta.

 

Peróxidos do Brasil vai investir R$ 200 milhões até 2020

A Peróxidos do Brasil, joint venture entre as fabricantes químicas Solvay e PQM, fará um investimento de R$ 200 milhões até o fim de 2020, segundo o diretor-executivo da empresa, Carlos Silveira.

Um dos primeiros alvos do aporte será a planta de Curitiba. A produção de água oxigenada subirá das atuais 187 mil toneladas para 200 mil toneladas por ano.

O aumento receberá R$ 22 milhões e será necessário para atender a crescente demanda na produção nacional de celulose, diz Silveira.

“Expandimos essa unidade a cada 2 ou 3 anos. Temos importado parte do produto, cerca de 5%, dos EUA e da Europa. É uma medida que permite interromper essa compra externa”, afirma.

A estimativa é concluir a obra e ter a fábrica em pleno funcionamento até abril.

O investimento previsto para os próximos dois anos e meio também inclui uma planta chilena, já anunciada, uma segunda expansão em Curitiba e três terminais de distribuição, no Peru, no norte do Chile e na Colômbia.

Este último será fruto de uma aquisição, atualmente em análise no órgão de defesa da concorrência local. 

 

Cargo novo José Renato de Mello Gonçalves será o novo vice-presidente da divisão da operadora de telecomunicações Orange voltada a negócios na América Latina. Antes, ele foi diretor de vendas da empresa para o Brasil.

De... O Superior Tribunal de Justiça julgará nesta quinta (23) uma ação entre o Ibama e uma empresa flagrada com madeira ilegal. O órgão ambiental recorre de decisão de instância inferior que favoreceu a companhia.

...lei O Ibama havia apreendido o estoque, mas, posteriormente, a empresa argumentou na Justiça que apenas parte do material era ilegal, e por isso a madeira não poderia permanecer retida com a autarquia.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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