Líder após três anos, São Paulo busca regularidade que faltou no passado

Desde a sétima rodada do Brasileiro de 2015, o São Paulo não aparecia no topo da tabela do campeonato nacional. Após a campanha daquele ano, que acabou com a quarta colocação e uma vaga na Libertadores, o time oscilou e ficou bem abaixo da expectativa dos seus torcedores.

A vitória por 2 a 1 contra o Vasco no Morumbi, neste domingo (5), com gols de Rojas e Tréllez, além de ter levado o time à liderança após três anos confirmou uma regularidade que não se via há tempos na equipe são-paulina.

Nas campanhas ruins em 2016 e 2017, o time nem sequer figurou entre os quatro primeiros colocados e conviveu com trocas de técnicos. Agora, já são dez rodadas no G4 e Diego Aguirre está mais prestigiado do que nunca.

Há dois anos, a equipe foi treinada por Edgardo Bauza, que deixou o time na 18ª rodada para dirigir a seleção argentina, e Ricardo Gomes.

Terminou o Brasileiro na 10ª posição e sem conseguir emplacar uma sequência de ao menos três vitórias.
No ano passado, a turbulência maior ocorreu no primeiro turno. Rogério Ceni, que ainda jogava em 2016, era o técnico desde o início da temporada.

Quando o ex-goleiro, hoje líder da Série B com o Fortaleza, foi demitido, na 11ª rodada do Brasileiro, a equipe estava na zona de rebaixamento.

Coube ao treinador Dorival Júnior melhorar o padrão do futebol no returno.

Dentro de campo, o meia Hernanes teve papel primordial para a retomada. Ainda assim, a melhor sequência foi de três triunfos seguidos, e o time acabou na 13ª posição.

Em 2018, o desempenho tem sido bem diferente. A equipe acumulou quatro vitórias da 11ª à 14ª rodada e, após perder para o Grêmio na 15ª, emplacou mais dois triunfos nos últimos jogos. Também já teve série de oito partidas sem perder no início da competição.

A regularidade levou o time ao topo, mas agora aumenta a expectativa da torcida para que nele permaneça. Como o clube não ganha nada desde a Sul-Americana de 2012, existe pressão por um troféu.
Após o jogo deste domingo, Diego Aguirre não abandonou o discurso cauteloso, mas mostrou-se otimista.

"Temos que mostrar que estamos na briga. Estou feliz por ser líder, mas falta muito. Temos que manter uma regularidade", afirmou.

O bom momento veio após mudanças na direção de futebol e no comando técnico no fim de 2017, quando o ex-jogador e ídolo são-paulino Raí assumiu a direção esportiva e trouxe para trabalhar com ele Ricardo Rocha e Lugano.

O executivo, assim que teve oportunidade, escolheu o treinador que ele achava ser o mais indicado para o time. Em março, veio Diego Aguirre.

O técnico uruguaio tem feito, como ele diz, o time atuar com "espírito de luta".

Após sofrer derrota por 1 a 0 em casa para o Colón na Copa Sul-Americana, Aguirre montou contra o Vasco um time que joga de forma bem definida: oferece a bola para o adversário e tenta vencer na base de ataques rápidos.

Para ele, o gol da vitória, após Nenê e Diego Souza saírem para as entradas de Carneiro e Tréllez, indica outro trunfo: ele consegue mudar o sistema tático.

Há também outro fator, o apoio da torcida, que neste domingo colocou 53 mil pessoas no Morumbi.
Com 35 pontos, os são-paulinos tem vantagem de um ponto para o Flamengo, que na noite de sábado perdeu para o Grêmio por 2 a 0.

Na próxima rodada, os principais concorrentes ao topo do Brasileiro jogam no mesmo dia e horário. Às 16h de domingo (12), o São Paulo enfrenta o Sport fora de casa, e o Flamengo recebe o Cruzeiro.

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