Líder de Hong Kong nega que tenha discutido renúncia com Pequim

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, negou nesta terça-feira (2) que pediu ao governo chinês que a deixasse renunciar. A declaração veio após a publicação de áudio vazado em que a chefe-executiva diz que deixaria o governo caso tivesse escolha. 

Lam disse em entrevista coletiva que nunca pensou em renúncia e que Pequim confia que a crise que já dura três meses poderá se resolvida sem a intervenção chinesa. 

"Eu nem sequer pensei em discutir renúncia como governo central. A escolha sobre renunciar ou não é minha", disse. ""Nos últimos três meses, eu disse a mim mesma repetidamente que eu e minha equipe deveríamos continuar ajudando Hong Kong. Por isso disse que não me dei a opção de seguir um caminho mais fácil".

A mandatária disse ainda que ficou desapontada com o vazamento de comentários feitos em uma reunião privada. No áudio, gravado semana passada em um encontro com empresários, Lam diz que gerou um "caos imperdoável" ao detonar a crise política no território e que agora tem pouco espaço para resolvê-la. "Se eu tiver uma escolha, a primeira coisa é sair e pedir desculpas sinceras", afirmou. 

Centenas de milhares de pessoas estão nas ruas desde meados de junho em protestos contra um projeto de extradição agora suspenso, que levaria pessoas enviadas à China continental para julgamento em tribunais controlados pelo Partido Comunista.

Os manifestantes que pedem maior democracia são um desafio direto a Pequim, que acusou potências estrangeiras, particularmente os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, de fomentar a agitação.

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