Manifestantes pró-independência de Taiwan vão às ruas

Milhares de manifestantes pró-independência se reuniram na capital de Taiwan neste sábado (19), para expressar sua desaprovação com a postura da China em relação à ilha.

A China cortou relações com o presidente taiwanês Tsai Ing-wen pouco depois de sua posse, em 2016, e vem aumentando a pressão diplomática, econômica e militar na ilha, na tentativa de convencer Taiwan de que seu território e população são parte da China.

"Quero dizer alto não à China", disse Ping Cheng-wen, 43, que trabalha por conta própria. "Eu simplesmente não concordo com a retórica da China. Temos nossa própria soberania e Taiwan é um país".

Outro manifestante no comício em Taipei, Kuo Jung-min, pastor presbiteriano, 85, e professor de língua hebraica na Faculdade de Teologia de Taiwan, disse que os defensores da unificação devem se mudar para a China se acham que lá é um lugar melhor para se viver.

"Temos que ser de fato taiwaneses, não chineses falsos", disse Kuo. "Não adianta ser chinês. Aqueles que defendem a unificação ainda vivem em Taiwan. Se a China é tão boa, por que não se mudam para lá?"

Em um discurso no dia 10 de outubro, o presidente Tsai pediu que a China não seja uma "fonte de conflito" e prometeu aumentar as defesas de Taiwan contra as ameaças militares de Pequim. Tsai disse que a melhor maneira de defender Taiwan é "torná-la indispensável e insubstituível para o mundo", ao mesmo tempo em que mantem atitude sem confrontação em relação à China.

China e Taiwan separaram-se em meio a uma guerra civil em 1949, mas a China considera que as ilhas do seu território podem ser controladas pela força, caso seja necessário.

 

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