Massacre em El Paso é tratado como caso de terrorismo doméstico

Autoridades norte-americanas estão tratando o ataque a tiros que matou ao menos 20 pessoas em um supermercado da rede Walmart em El Paso, no Texas, como um caso de terrorismo doméstico.

O governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que o tiroteio ocorrido no sábado (3) parece ser um crime de ódio, e a polícia citou um manifesto atribuído ao suspeito como evidência de que o atirador teve motivações raciais no ataque.

A lista de vítimas do ataque inclui três mexicanos mortos e outros seis feridos, de acordo com o governo do país. El Paso tem 833 mil habitantes, sendo que 81% deles são de origem hispânica. 

A cidade fica na fronteira dos Estados Unidos com o México. Do outro lado, há Ciudad Juarez, com mais de 1,3 milhão de moradores. O local do ataque está a cerca de 16 km da divisa internacional.

Um promotor afirmou que o estado irá pedir pena de morte para o suspeito, Patrick Crusius, 21, que, segundo o chefe de polícia de El Paso, está cooperando com os investigadores.

O ataque ocorre menos de uma semana após um jovem de 19 anos invadir a Festa do Alho de Gilroy, um festival gastronômico na Califórnia, e matar a tiros três pessoas. O adolescente, que se matou na sequência, também deixou outras 12 pessoas feridas. 

Os assassinatos no Texas foram seguidos por outro ataque em Dayton, Ohio, em que um homem armado matou nove pessoas e feriu outras 27 antes de ser morto pela polícia.

A cada ataque como o deste sábado, os EUA retomam o debate sobre restringir a posse de armas, mas as propostas não conseguem avançar.

A medida mais citada é aumentar a checagem de antecedentes criminais de quem compra armas. Uma proposta nesse sentido segue travada no Senado, de maioria republicana.

No país, o lobby da bala, representado pela NRA (National Rifle Association, o lobby pró-armas americano), historicamente faz doações a congressistas –particularmente republicanos— para evitar regulações mais rígidas envolvendo a posse de armas.  

Grupos armamentistas dizem que a segunda emenda da Constituição dos EUA dá ao indivíduo direito de manter e de portar uma arma de fogo.

O número estimado de armas (registradas e ilegais) entre os cidadãos varia de 265 milhões a quase 400 milhões –a população americana soma cerca de 328 milhões de habitantes.

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